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Polícia investiga morte de mulher após cirurgia plástica na Barra da Tijuca

Família acusa equipe médica de ter demorado a prestar socorro à vítima

Thuany Dossares

Polícia investiga morte de mulher após cirurgia plástica na Barra da Tijuca
Reprodução / Redes Sociais

A Polícia Civil investiga a morte de uma empresária de 59 anos depois de uma cirurgia plástica em uma clínica na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio. A família afirma que o laudo de necropsia aponta que Lindama Benjamin Oliveira do Nascimento teve o intestino perfurado durante o procedimento de lipoescultura e que houve demora para socorrê-la quando ela apresentou piora no quadro de saúde. O médico Heriberto Ivan Arias Camacho diz que não teve acesso ao laudo do IML, mas que prestou toda assistência com técnicas médicas possíveis.  

A empresária morava em Cabo Frio, na Região dos Lagos, e conheceu o trabalho de Camacho depois de ver o resultado de uma lipoaspiração feita pelo médico em uma cliente dela. Após fazer todos os exames pré-cirúrgicos e acertar o valor de R$ 16 mil para uma lipoescultura com enxerto no glúteo, Lindama veio ao Rio para fazer a cirurgia, na última quinta-feira (9), no Hospital Vitée Cirurgia Plástica e Estética.  

Irmã da empresária, a enfermeira Rose Melo contou que chegou a conversar por chamada de vídeo com Lindama logo depois do procedimento, mas que na sexta-feira (10), a mulher começou a piorar.  

Preocupada com Lindama, Rose saiu de Cabo Frio para ver pessoalmente como a irmã estava. Segundo a enfermeira, a clínica não tinha Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e a equipe médica demorou a prestar socorro.  

Rose conta que depois de mais de cinco horas, a equipe médica chegou com uma ambulância para transferir Lindama para o Hospital Semiu, na Vila da Penha, na Zona Norte. No entanto, a empresária já teria chegado na unidade em estado cadavérico e não pôde sequer ser entubada, de acordo com os familiares. 

Por pedido da família, a clínica não fez o atestado de óbito, e o corpo de Lindama foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML). Eles afirmam que o legista constatou durante a autópsia que a causa da morte foi perfuração no intestino e hemorragia.  

Querendo justiça, os familiares registraram o caso na Delegacia de Vicente de Carvalho (27ª DP). A Polícia Civil informou que a investigação será encaminhada para a Delegacia da Barra da Tijuca (16ª DP) e que diligências estão em andamento para esclarecer os fatos.

A defesa do médico Heriberto Ivan Arias Camacho diz que ele não pode dar detalhes do procedimento por conta do sigilo do prontuário médico, mas garante que a paciente foi prontamente assistida por toda a equipe médica, sendo aplicadas todas as técnicas médicas possíveis, amplamente reconhecidas e atualizadas no meio científico, para reversão do quadro.

Procurado, o Conselho Regional de Medicina do Rio (Cremerj) disse que tomou conhecimento do ocorrido pela imprensa e que vai apurar os fatos.

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