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Polícia investiga morte de bebê de oito meses de gestação por erro médico

Larissa Rodrigues de Souza realizou todo o pré-natal no Centro Municipal de Saúde São Godofredo, na Penha

Por Carlos Briggs

Polícia investiga morte de bebê de oito meses de gestação por erro médico
Polícia Civil
Reprodução/Polícia Civil

Um erro médico interrompeu uma gravidez de oito meses e provocou a morte de um bebê, na Zona Norte do Rio. Larissa Rodrigues de Souza realizou todo o pré-natal no Centro Municipal de Saúde São Godofredo, na Penha.  

A descoberta da gestação aconteceu no dia 02 de maio, deste ano. Dois dias depois, ela realizava a primeira consulta de acompanhamento. Já no dia 09, do mesmo mês, a ouvinte realizava os primeiros exames. O hemograma apontou índice 93 de glicose, o que alertava para um possível diagnóstico de diabetes gestacional.

Mas, Larissa deixou a unidade sem qualquer orientação. Cerca de oito meses depois, veio a notícia: ela havia perdido o bebê por, justamente, diabetes gestacional

A morte foi confirmada no dia 22 de novembro, na maternidade Maira Amélia Buarque de Holanda, no Centro do Rio. Na noite anterior, ela esteve na mesma unidade, com fortes dores abdominais, mas foi dispensada com a prescrição de Buscopan e repouso. Larissa denuncia que a médica de plantão sequer olhou o cartão pré-natal dela.

A Secretaria municipal de Saúde reconheceu o erro. Em nota, a pasta informou que abriu uma sindicância para apurar todo o atendimento prestado a Larissa Rodrigues de Souza, e o porquê de não ter sido seguido o protocolo assistencial de pré-natal da rede municipal e ainda que todos os profissionais envolvidos no atendimento à paciente na Clínica da Família São Godofredo estão devidamente identificados no prontuário eletrônico.

Já a direção do Hospital Maternidade Maria Amélia Buarque de Hollanda informou que a gestante foi internada devido ao diagnóstico de morte fetal, situação constatada apenas no segundo atendimento, mas que na primeira vez que ela esteve na unidade, segue a nota, Larissa recebeu a assistência para as queixas e sintomas apresentados na ocasião.  

Para o marido de Larissa e pai do bebê, Iranildo Alves, o reconhecimento do erro veio de forma tardia.

A família já avisou que vai processar o Estado. O caso também é investigado pela Polícia Civil. 

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