Polícia investiga ligação de casal preso acusado de dopar macacos com tráfico de animais

Caso aconteceu no Jardim Botânico, na Zona Sul do Rio. Carlos Siqueira e Sarah Porto Silva foram detidos na segunda-feira (9)

Por Pedro Dobal

A Polícia Civil investiga se o casal preso acusado de dopar macacos no Jardim Botânico, na Zona Sul do Rio
Reprodução

A Polícia Civil investiga se o casal preso acusado de dopar macacos no Jardim Botânico, na Zona Sul do Rio, tem ligação com uma organização criminosa voltada para o tráfico de animais. Carlos Siqueira e Sarah Porto Silva foram detidos na segunda-feira (9) com bananas e cartelas de clonazepam, medicamento usado como calmante.

De acordo com as investigações, a dupla misturava o remédio na fruta para atrair os macacos e, posteriormente, vendê-los em feiras clandestinas.

As investigações começaram depois que uma funcionária do Jardim Botânico encontrou um macaco com o comportamento alterado no dia 1°. Um vídeo feito por ela mostra o animal com dificuldade para andar. 

A equipe do Setor de Preservação da Fauna constatou que o macaco havia sido dopado. Ao analisar as imagens de câmeras, a equipe de segurança suspeitou do casal, que retornou ao parque nesta segunda-feira (9), quando foi preso. 

Na quarta-feira passada, duas macaquinhas encontradas dopadas foram entregues ao Instituto Vida Livre, uma organização que trabalha na reabilitação de animais em risco.

O veterinário Roched Seba, que é presidente do instituto, conta que elas ainda estavam amamentando e não se sabe o paradeiro dos filhotes.

A engenheira agrônoma Mariana Baptista Ribeiro explica que o hábito de alimentar os animais nos parques, além de ser proibido, ainda deixa os bichos mais vulneráveis a ações de criminosos, já que eles deixam de procurar a própria comida.

O casal deve responder por dois crimes ambientais. Somadas, as penas podem chegar a dois anos de detenção, além de multa.

No ano passado, três homens foram presos após tentarem levar um bicho-preguiça do Parque Lage, também no bairro do Jardim Botânico. Eles já tinham passagem na polícia por tráfico de animais e admitiram na delegacia que pretendiam vender o animal por 1.500 reais em uma feira de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. 

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