Sete empresas de internet, telefonia e terraplanagem são investigadas pela Polícia Civil e pelo Ministério Público do Rio, acusadas de ligação com a milícia comandada por Luiz Antônio da Silva Braga, o Zinho.
Os estabelecimentos, localizados em bairros da Zona Oeste, foram alvo de uma operação deflagrada nesta quarta-feira (28). Dois foram interditados. Ao todo, 21 mandados de busca e apreensão foram cumpridos.
As investigações apontam que as empresas serviam de fachada para a lavagem de dinheiro do grupo paramilitar. Em sete anos, a milícia de Zinho movimentou mais de R$ 135 milhões com o monopólio desses serviços nas regiões dominadas pela quadrilha.
De acordo com o promotor do Ministério Público Fábio Matos, a prática é um dos principais meio de arrecadação financeira do grupo criminoso.
Segundo o delegado da Delegacia de Combate às Ações Criminosas e Lavagem de Dinheiro, Jefferson Ferreira, a prática criminosa era uma das principais formas de fortalecer a milícia.
Dois haras, na Zona Oeste, também foram alvo dos agentes. Um deles é apontado, segundo fontes da BandNews FM, como um dos locais favoritos da família de Zinho, desde antes da morte do irmão dele, Wellington da Silva Braga, o Ecko, em 2021.
Além de documentos, celulares e dinheiro em espécie, os agentes também apreenderam dois veículos. Um deles era de Beatriz Braga, filha de Zinho. A polícia também investiga a participação dela na organização criminosa.