Quase 10 meses após o assassinato do pedreiro Clailton Jorge Pereira da Costa, de 40 anos, em um condomínio de luxo da Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio, a Polícia Civil indicia dois vigilantes e o responsável pela empresa de segurança pelos crimes de homicídio, usurpação de função pública e porte ilegal de arma de fogo. Outro dois funcionários foram indiciados por falso testemunho, fraude processual e favorecimento pessoal.
O caso aconteceu no dia 28 de janeiro, no Condomínio Del Lago. De acordo com a defesa da família, dois seguranças dispararam cinco vezes contra o pedreiro quando ele estava dentro de um carro. Um dos tiros atingiu o homem na cabeça. Em depoimento, os funcionários afirmaram que atiraram em Clailton porque ele teria tentado roubar materiais de obras realizadas no conjunto habitacional.
O pedreiro foi socorrido para o Hospital Municipal Lourenço Jorge, na mesma região, onde ficou em coma induzido e morreu dias depois.
O inquérito que investigava o caso chegou a ser encerrado no início do ano sem o indiciamento dos suspeitos, mas foi reaberto em maio. O advogado José Dimas Marcondes, que representa a família de Clailton, questiona a demora para a conclusão das investigações e destaca que a viúva segue sem nenhum tipo de auxílio financeiro.
A reportagem da BandNews FM não conseguiu contato com a defesa dos acusados. Procurado, o Grupo Hawk, empresa responsável pela segurança do condomínio, ainda não se posicionou sobre o caso.