A Polícia Civil já identificou o motorista que transportou Eduardo da Silva Noronha, de 25 anos, e a menina de 12 anos que foi levada, do Rio ao Maranhão. De acordo com as investigações, Noronha, que é suspeito de sequestro, cárcere privado e estupro, pagou R$ 4.000 pela corrida de volta ao Nordeste, após buscar a adolescente em Sepetiba, na Zona Oeste do Rio, onde ela morava. Agora, esse motorista vai ser chamado para depor.
Eduardo Noronha está sendo monitorado por tornozeleira eletrônica, após ser colocado em liberdade provisória pela Justiça do Maranhão. Ele também deve cumprir medidas cautelares, como não se aproximar ou entrar em contato com a menina ou a família. O processo agora está sob sigilo, por envolver uma menor de idade.
De acordo com a defesa de Eduardo Noronha, o advogado Fabrício Castro, a decisão da Justiça se baseou no fato de o acusado ter 25 anos, ser réu primário, não responder a nenhum processo anterior, ter explicado os fatos e colaborado com a Justiça, além de ter endereço e emprego fixo.
A família da menina se mostrou indignada pela decisão da liberdade provisória.
A defesa do suspeito ainda negou todas as acusações de cárcere afirmando que ela estava sendo bem cuidada, que ficava no quitinete porque Eduardo tinha que trabalhar e que podia usar o celular dele e disse que não houve relação sexual ou beijo.
Apesar disso, a Polícia Civil afirmou que, em depoimento, Eduardo Noronha disse ter beijado a adolescente, de 12 anos.
Antes de o processo ficar sob sigilo, o delegado Marcone Matos, responsável pela investigação no Maranhão disse que a adolescente estava arrependida de ter embarcado na viagem para o Nordeste com o homem.
Nesta quinta-feira (16), a menina desembarcou no Rio, escoltada por policiais e acompanhada da irmã e do pai. A adolescente foi direto para a delegacia, prestar depoimento. Os familiares comentaram que o reencontro foi emocionante e conseguiram conversar com a vítima. Agora, eles estão empenhados em dar todo cuidado e assistência a ela.
A conselheira tutelar Keila Bagarelli, que conversou com a adolescente quando ela estava no Maranhão, disse que ela parece bem fisicamente, mas estava assustada e receosa com a repercussão. A conselheira comentou que a menina e a família vão receber acompanhamento psicológico.