A Polícia Federal afasta servidores do INSS, suspeitos de integrar uma quadrilha especializada em crimes e fraudes contra a Previdência Social. Durante a operação, batizada de União Póstuma, foram apreendidos onze carros, celulares, HDs, agendas, além de formulários do INSS e de pensões por morte. Ao todo, foram cumpridos 31 mandados de busca e apreensão.
As investigações apontaram que o grupo criminoso falsificava documentos públicos e particulares, como selos e autenticações cartoriais, utilizados em requerimentos de pensões por morte. Para isso, os bandidos forjavam uma relação conjugal entre o segurado falecido sem dependente válido e um suposto cônjuge.
De acordo com o delegado Renato Cupolillo Gentile, havia uma facilidade para conseguir os benefícios porque o esquema contava com a participação ativa de servidores públicos, advogados, despachantes e até mesmo um escrevente que atuava em cartórios de títulos e documentos.
A ação criminosa conseguiu cerca de 700 benefícios irregulares, um desvio de cerca de R$ 21 milhões de reais. Segundo a PF, a operação desta quinta-feira (09) foi suficiente para evitar um prejuízo de R$ 110 milhões aos cofres públicos.