Polícia faz operação contra quadrilha que aplica golpe em idosos em diferentes estados do país

O grupo movimentou o dinheiro com golpes que eram aplicados por meio de mensagens enviadas para os telefones celulares das vítimas

Por Clara Nery

Homem é preso na ação da Polícia Civil
Imagem cedida

Uma das centenas de vítimas de uma quadrilha especializada em aplicar golpes em idosos, em pelo menos 13 estados, chegou a perder mais de R$ 1 milhão. Segundo a Polícia Civil, o grupo movimentou, no ano passado, cerca de R$ 5 milhões.

Policiais da delegacia de Copacabana, na Zona Sul do Rio, realizaram uma operação nesta quarta-feira (30) para cumprir 8 mandados de prisão no Rio de Janeiro, em São Paulo, no Pará e no Ceará. Duas pessoas foram presas.

Segundo os investigadores, o grupo movimentou o dinheiro com golpes que eram aplicados por meio de mensagens enviadas para os telefones celulares das vítimas.

De acordo com o delegado Ângelo Lages, o grupo mirava principalmente idosos.



A gente sabe que o mundo digital trouxe muitas facilidades, mas trouxe muitos riscos. Então é importante que, ao utilizar as ferramentas digitais, que a gente tenha todo cuidado. - disse o delegado.

Foram identificadas vítimas no Rio de Janeiro, no Amazonas, no Amapá, em São Paulo, em Brasília, no Ceará, em Mato Grosso, em Goiás, na Bahia, na Paraíba, em Tocantins, em Piauí e em Pernambuco.

O grupo age da seguinte forma: os criminosos enviam uma mensagem de texto para o celular da vítima sobre um suposto desconto na fatura do cartão de crédito.  Ao clicar no link enviado, os bandidos passam a ter acesso à conta bancária da vítima e à fatura do cartão. Assim, a quadrilha consegue fazer transações bancárias fraudulentas e até manter contato com as vítimas para as convencerem a passarem mais dinheiro.

As investigações começaram no ano passado e tiveram o apoio do Conselho de Controle de Atividades Financeiras. Através desse monitoramento, os policiais rastrearam os valores movimentados pela quadrilha com os golpes.

As movimentações em diversas contas bancárias, aliás, eram usadas como uma forma de despistar o rastreamento de órgãos fiscalizadores no processo de lavagem de dinheiro.

Por conta do tamanho das movimentações, os investigadores suspeitam da participação de pelo menos outras 30 pessoas no esquema, considerado um dos maiores em atividade no país.

Apenas um dos investigados, por exemplo, tinha 40 contas abertas no próprio nome.

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