A Polícia Civil deve finalizar na próxima semana as análises da documentação técnica e das imagens das câmeras do hospital em que a mulher que acreditava estar grávida de gêmeos deu à luz a apenas um bebê. A informação é do delegado responsável pelo caso, Alexandre Netto.
A investigação recebeu três dias de imagens da movimentação do Hospital da Mulher Mariska Ribeiro, em Bangu, na Zona Oeste do Rio, onde o parto aconteceu. A placenta da mulher foi disponibilizada pela unidade de saúde nesta quarta-feira (2) para análise da polícia.
Em pelo menos dois exames pré-natal realizados por Kathelen Brenda Nunes, um em uma clínica particular e outro em uma Clínica da Família em Realengo, em dezembro do ano passado, os ultrassons constataram a gravidez gemelar, quando dois bebês são gerados ao mesmo tempo.
Em março, Kathelen fez um novo exame para avaliar o bem-estar do feto no Hospital da Mulher, que não apontou anormalidade. Três dias depois, ela voltou à unidade para fazer a cesariana, mas deu à luz para somente uma criança.
A família ainda tem dúvidas sobre o que aconteceu.
Um dia após o parto, Kathelen procurou a delegacia para relatar o caso. O delegado Alexandre Netto diz que a situação é complexa, exigindo tempo de investigação.
Ainda vão restar as perícias que foram requisitadas, as documentações médicas. É um caso que tem particularidades técnicas que envolvem não só médicos, mas também especialistas em outras áreas. Por isso que uma resposta efêmera, prematura, pode levar a eventuais erros durante a investigação. Por isso que eu prefiro ser mais conservador nesse caso.
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, a paciente foi admitida no hospital com suposto diagnóstico de gestação gemelar, mas que quando foi submetida a cesariana, foi constatada a gestação única, presenciado por diversos membros da equipe de plantão.
A pasta ainda ressaltou que Kathelen só apresentava uma placenta com um único cordão umbilical, sem evidências de gestação múltipla.