Polícia desarticula esquema de fraude na instalação de tornozeleiras eletrônicas

De acordo com a Polícia, alguns apenados que se beneficiavam do esquema colocavam as tornozeleiras em cachorros em casa, para simular a movimentação de uma pessoa

Por Julia Kallembach

Esquema de fraude é desarticulado pela polícia
Divulgação

A Polícia Civil desarticulou um esquema de fraude na instalação de tornozeleiras eletrônicas. Segundo as investigações, servidores da Secretaria de Administração Penitenciária estariam cobrando até 100 mil reais para deixar os equipamentos frouxos na hora da colocação.

De acordo com a Polícia, alguns apenados que se beneficiavam do esquema colocavam as tornozeleiras em cachorros em casa, para simular a movimentação de uma pessoa.

O esquema foi descoberto durante monitoramento de rotina, em abril, quando os agentes perceberam uma movimentação atípica da tornozeleira de uma advogada identificada como Simone de Melo Lodi, que cumpria pena em regime semiaberto. Na época, ela foi detida no estacionamento de um shopping na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio, com a tornozeleira dentro de uma nécessaire.

A Justiça determinou que ela volte para a cadeia, mas Simone é considerada foragida, já que o sinal da tornozeleira foi desligado, como ressalta o delegado Rodrigo Coelho.

Em depoimento, a mulher revelou o esquema para os agentes e citou o nome do inspetor envolvido. Ele foi identificado, afastado e uma sindicância foi aberta para apurar o crime.

A Secretaria de Administração Penitenciária afirma que trocou todo o pessoal do setor envolvido e que continua investigando o caso.

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