A Polícia Federal vai analisar o material apreendido na casa da ex-governadora do Rio Rosinha Garotinho, em Campos, no Norte Fluminense. A Operação Rebote, deflagrada nesta terça-feira, investiga fraudes na PreviCampos, Instituto da Previdência dos Servidores do município. O esquema teria ocorrido em 2016, quando a política era prefeita da cidade.
A PF afirma que não tem como vincular a ação a crime eleitoral, mas a hipótese não está descartada. Segundo os investigadores, o rombo foi de R$383 milhões.
Os policiais começaram a investigação após a mudança abrupta na forma de investimento da empresa. A maior parte dos investimentos estava nas mãos de fundos suspeitos, de alto risco e com baixo retorno.
O delegado Wesley Amato disse que os membros da Comissão de Investimento tinham pouco ou nenhum conhecimento sobre as aplicações em fundos.
Em nota à BandNews FM, o advogado da política, Rafael Faria, informou que a única questão imputada à Rosinha é o fato de a política ter indicado pessoas sem qualificação técnica para a diretoria e conselho da PreviCampos.
Em uma live na manhã desta terça-feira (28), Rosinha e o marido, Anthony Garotinho, também ex-governador, leram parte do documento da PF. Os dois classificaram a ação como absurda e como perseguição contra a família.
O atual prefeito de Campos é o filho dos políticos: Wladimir Garotinho. Na operação desta terça-feira, também foram cumpridos outros 12 mandados de busca e apreensão na cidade do Norte Fluminense, além de dois na cidade do Rio, três em Santos e um em São Paulo.