A Polícia Civil tenta identificar o tutor do pitbull que atacou um outro cachorro na região do Maracanã, na Zona Norte do Rio. O caso aconteceu no início da manhã de domingo (5).
O policial militar reformado Hermano Prata, de 75 anos, passeava com o Oreo, cachorro da família, antes das sete horas da manhã. O trajeto é sempre o mesmo: Rua São Francisco Xavier, onde reside, até a Rua Eurico Rabelo, que fica ao lado do Estádio do Maracanã.
No entanto, ao entrar na Rua Eurico Rabelo, um pitbull sem focinheira se soltou de um carrinho onde estava sendo levado pelo tutor em situação de rua. Em seguida, o cachorro atacou Oreo, que ficou com quatro feridas.
Com o susto, Hermano caiu e também se machucou. O policial militar reformado foi até um hospital veterinário para medicar o cachorro.
O aposentado conta que o tutor conseguiu puxar a corda que estava amarrada no pitbull, o que pode ter evitado o pior.
A coisa foi muito rápida, era defender o cão. Eu consegui dar um chute no cão, mas quando ele parte pra mim, ele tava com uma corda no pechoço, a pessoa que tava com ele puxou a corda. Felizmente, ele não me alcançou.
Apesar de passar bem e se alimentar, Oreo passou o domingo retraído, como conta Hermano.
Mas antes o dia todo deitado, a gente até entende pelo trauma, não é? A defesa dele foi fugir, ele conseguiu sair da coleira, graças a Deus. Ele fugiu, depois ele voltou.
Os investigadores também buscam câmeras de segurança da região para identificar o tutor.
Um caso parecido aconteceu em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. No dia 30 de dezembro, um pitbull também atacou um cachorro.
Nas imagens da câmera de segurança, é possível ver o momento em que o pitbull aparece correndo sem focinheira e ataca o cachorro que estava na calçada.
Pelo menos dois comerciantes ainda tentam separar o pitbull, mas não conseguem. Mais de um minuto depois, um dos profissionais aparece com uma madeira na mão e consegue afastar o cachorro.
O caso também foi registrado na Polícia Civil, que investiga o ataque.
Na rede estadual de saúde, 2.465 pessoas foram atendidas por mordedura ou golpes de cão em 2024. Na comparação com o ano anterior, o número de atendimentos aumentou 111%. Já no município, o aumento foi de 41%.
Desde 2005 a legislação estadual determina que cães das raças pitbull, fila, doberman e rotweiller só podem circular por locais públicos de enforcador e focinheira, além de conduzidos por maiores de 18 anos. A lei ainda destaca que a apreensão dos animais deverá ser feita pela Secretaria de Estado de Segurança Pública.
Em nota, a Polícia Militar disse que tem como missão garantir a preservação da ordem pública e o policiamento ostensivo atuando diretamente na defesa do cidadão. A PM ressaltou ainda que qualquer pessoa que se sentir ameaçada em uma situação como essa deverá acionar a Corporação através do telefone 190 para que as medidas em defesa da coletividade sejam adotadas.
A Guarda Municipal disse que a lei é estadual e que, por isso, não fiscaliza. No entanto, a instituição afirmou que, caso os guardas flagrem um cão cujo uso é obrigatório, eles orientam e podem conduzir para delegacia em caso de desobediência.