A Polícia Civil do Rio realiza uma ação para tentar capturar quatro presidentes de torcidas organizadas de clubes cariocas. Nesta terça-feira (14), os agentes foram às ruas para cumprir mandados de prisão temporária e de busca e apreensão contra Anderson Azevedo Dias, presidente da Young Flu; Fabiano de Souza Marques, da Força Jovem do Vasco; Bruno da Silva Paulino, da Torcida Jovem do Flamengo; e Anderson Clemente da Silva, presidente da Raça Rubro-Negra. Eles são acusados de organização criminosa, lesão corporal grave e tentativa de homicídio.
Durante a manhã, agentes da Delegacia de Repressão a Crimes de Informática (DRCI) ainda cumpriram mandados de busca e apreensão nas sedes das torcidas organizadas e em endereços ligados aos dirigentes. Os quatro já são considerados foragidos da Justiça.
O inquérito foi instaurado para apurar e identificar os responsáveis pela briga entre as torcidas organizadas do Flamengo e do Vasco, a Jovem Fla, a Raça Rubro Negra e a Força Jovem do Vasco, no último dia 5, horas antes do clássico entre os clubes, no Maracanã, pelo Campeonato Carioca. Sete pessoas ficaram feridas. A polícia investiga se o assassinato de um vascaíno teve relação com a confusão. A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) apura o caso.
Os mandados foram expedidos pela juíza Ana Beatriz Estrella, durante Plantão Judiciário nesta segunda-feira (13). A Justiça ainda determinou medidas como quebra de sigilo de dados, interdição temporária das torcidas, além de bloqueio das contas bancárias.
O delegado Pablo Sartori, responsável pela investigação, fala que o bloqueio é importante para impedir o financiamento de novas ações violentas.
Ainda segundo o delegado Pablo Sartori, o pedido de prisão contra o presidente da Young Flu, que não tem relação com a confusão no clássico, foi feito para evitar possíveis brigas que possam vir a acontecer nos jogos decisivos do Campeonato Carioca.
O Ministério Público se manifestou contra os pedidos de prisão dos dirigentes.
Além dos quatro presidentes, outros 16 integrantes das torcidas em questão também estão sendo investigados pela Polícia Civil. Contra eles foram expedidas medidas cautelares, como apresentação em Juízo para justificativa das atividades bimestralmente, proibição de deixar o estado sem autorização judicial, impossibilidade de contato entre si, afastamento de praças esportivas de 5 km em dias de jogos e monitoramento eletrônico para fiscalização do afastamento.
De acordo com a Polícia, já foram identificadas e intimadas mais de 100 pessoas com algum envolvimento com as brigas recentes.