As três criminosas presas durante operação da Polícia Civil contra a venda ilegal de produtos para emagrecer confessaram lucrar mensalmente de 7 a 9 mil reais com a venda dos remédios. No entanto, investigadores acreditam que o valor pode ser bem maior.
A Operação Seca Máximo também cumpriu 12 mandados de busca e apreensão. Segundo o delegado Álvaro Gomes, o remédio era anunciado como um produto natural que prometia a perda de 10 quilos em menos de 15 dias.
Marcelly Lima das Neves, de 32 anos, alvo principal da operação, foi presa junto com a mãe, Elda Maria das Neves, de 63 anos. Nas redes sociais, além de ostentar uma vida de alta padrão com o dinheiro do crime, ela ainda divulgava vídeos falando de promoções do remédio.
Diana Ramos Soares, de 35 anos, também foi presa. Todas vendiam o remédio chamado "seca máximo" que era comercializado por 110 reais.
Segundo laudo da Polícia Civil, entre os componentes usados estão a sibutramina, inibidor de apetite que atua no sistema nervoso central, e o bisacodil, um laxante muito poderoso.
A investigação aponta que as golpistas compravam os produtos originais, tiravam os medicamentos da embalagem e colocavam em outras embalagens que indicavam que os remédios eram naturais.
A polícia civil descobriu o esquema dos golpistas depois que as vítimas consumiram o produto, passaram mal e procuraram a delegacia.
Em troca de mensagens, algumas mulheres relataram os severos efeitos colaterais, como tontura, vômitos, tremores e sudorese.
Algumas vendedoras tentavam minimizar e até debochavam dos relatos das clientes, como explica o delegado Álvaro Gomes.
As mulheres podem responder por organização criminosa, tráfico de drogas e crimes contra o consumidor.
As mulheres podem responder por organização criminosa, tráfico de drogas e crimes contra o consumidor
Agência Brasil