Polícia Civil não localiza motorista acusado de cárcere privado de socialite Regina Gonçalves

A polícia suspeita que ele esteja escondido na favela da Rocinha, na Zona Sul da Cidade

Por Fernando David

Polícia Civil não localiza motorista acusado de cárcere privado de socialite Regina Gonçalves
A polícia abriu outro inquérito para apurar o destino do patrimônio de Regina Gonçalves
Polícia Civil do RJ

O principal alvo da operação "Dama de Ouros", da Polícia Civil, o motorista José Marcos Ribeiro, não foi localizado e é considerado foragido. A polícia suspeita que ele esteja escondido na favela da Rocinha, na Zona Sul da Cidade. 
 
Ele virou réu por tentativa de feminicídio, sequestro e cárcere privado, dano psicológico e furto qualificado contra a socialite Regina Gonçalves, de 88 anos, herdeira do empresário Nestor Gonçalves, fundador da Copag, fabricante da famosa marca de cartas de baralho. 
 
Três mandados de busca e apreensão foram cumpridos em imóveis da idosa, que de acordo com a polícia, vinham sendo utilizados indevidamente pelo motorista. 
 
Em um dos endereços, um imóvel de 7 mil metros quadrados em são Conrado, na Zona Sul, o representante da família, o empresário João Chamarelli, diz que várias obras de arte desapareceram. 
 
O caso se tornou público depois que, mesmo debilitada, Regina Gonçalves conseguiu fugir do apartamento, no edifício Chopin, na orla de Copacabana, onde segundo a investigação, ela era mantida presa pelo motorista. 
 
José Marcos e Regina firmaram um acordo de união estável em 2021, mas Regina alega que foi dopada pelo funcionário antes de assinar o documento. 
 
Na decisão que autorizou a operação desta terça-feira, a juíza Lúcia Glioche citou um episódio em que José Marcos teria tentado assassinar Regina. A magistrada afirmou que José "agrediu a vítima na cabeça, deixando de prestar socorro imediato e não comunicando a internação para nenhum parente, o que indica crueldade exagerada e falta de empatia pela vida humana."
 
O delegado responsável pela investigação, Angelo Lages, afirma que a idosa enfrentava uma rotina de maus tratos. 
 

Temos relatos de que ele não a alimentava direito, não fornecia os medicamentos necessários


 A Justiça também determinou medidas protetivas contra outras oito pessoas, proibindo que se aproximem de Regina Gonçalves. 
 
Entre os investigados está o renomado advogado carioca Paulo Lins e Silva, que por décadas trabalhou para família Gonçalves, mas recentemente passou a defender os interesses de José Marcos. O advogado não respondeu à reportagem.
 
Agora, a polícia abriu outro inquérito para apurar o destino do patrimônio de Regina Gonçalves. A socialite, herdeira de uma fortuna avaliada em 500 milhões de dólares, está com as contas bancárias praticamente zeradas. E com dívidas que passam de 1 milhão de reais. 

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