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Polícia Civil mira quadrilha especializada em crimes cibernéticos

Batizada de Firewall, a operação foi realizada nesta segunda

Por Daniel Henrique

Polícia Civil mira quadrilha especializada em crimes cibernéticos
Polícia investiga o acidente
Divulgação

Três pessoas são presas durante ação da Polícia Civil do Rio contra uma quadrilha especializada na área de tecnologia da informação. O grupo é acusado de realizar crimes cibernéticos contra o Banco do Brasil através da invasão do sistema interno do banco. Batizada de Firewall, a operação foi realizada nesta segunda-feira (8).

As investigações começaram depois da prisão em flagrante de Vinicius de Souza Santos Tobias, funcionário terceirizado que instalou um dispositivo eletrônico adulterado na rede do banco. Ele aparece em câmeras de segurança de uma agência realizando o serviço ilícito em duas oportunidades.

Nesta segunda (8), Nelson Sampaio e Rômulo Andrade, suspeitos de serem os chefes do esquema, além de Andrey Oliveira de Azevedo, funcionário terceirizado do banco, também foram detidos. Celulares, carros e uma arma foram apreendidos.

Segundo a Polícia Civil, o grupo vem praticando dezenas de crimes em todo o país e causando prejuízos milionários à instituição financeira.

Na primeira etapa do esquema, funcionários e terceirizados do banco eram aliciados pela associação criminosa para instalar os dispositivos em áreas controladas dentro das agências ou até mesmo para vender as credenciais de acesso ao sistema, por valores que poderiam chegar a R$ 100 mil por credencial. Em seguida, eles invadiam a rede do banco e faziam a troca de documentos de clientes, assim como da biometria e de fotos. Por último, mandavam pessoas nas agências para fazer saques e movimentações financeiras.

O delegado Moyses Santana Gomes explica que os dispositivos eram preparados previamente para agirem ao serem conectados à internet.

São modens maliciosos, preparados previamente por eles, ligados na rede do banco com acesso à internet, franqueando a eles o acesso, já com credenciais de funcionários que foram passadas pra eles. Os aliciados pra instalação de dispositivos recebiam 10 mil reais por dispositivo instalado. Já os funcionários que passavam as senhas de credenciais, que é um nível acima, até 100 mil reais por cada senha.

Em nota, o Banco do Brasil diz que as investigações começaram a partir de uma apuração interna que detectou as irregularidades, e que a conduta de funcionários envolvidos será analisada em sigilo. 

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