Polícia Civil identifica motorista ligado a assassinato de médicos na Barra

Giovanni Oliveira Viera não foi encontrado durante operação da polícia e do Ministério Público na Cidade de Deus

Por Clara Nery

Três médicos assassinados em um quiosque na praia da Barra da Tijuca
Reprodução

A Polícia Civil teve acesso a imagens de câmeras de segurança que flagraram o criminoso responsável por conduzir os assassinos que executaram três médicos, em outubro do ano passado, em um quiosque na praia da Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio.

Giovanni Oliveira Viera não foi encontrado durante operação da polícia e do Ministério Público na Cidade de Deus, nesta sexta-feira (20).

Os agentes estiveram em um imóvel que pertence aos criminosos, mas ele não foi encontrado. As investigações apontam Giovanni como o responsável por conduzir os assassinos até o local do crime, onde acreditavam estar um miliciano.

Um outro homem está sendo investigado e foi alvo de mandado de busca e apreensão. Segundo o delegado Leandro Costa, com a chegada dos agentes na comunidade houve um breve confronto.

A BandNews FM teve acesso a câmeras de segurança que mostram o carro dos criminosos saindo de um posto de gasolina e depois seguindo Giovanni Oliveira, que aparece pilotando uma moto com uma mochila de entrega de lanches.
 
Ao todo, cinco mandados de prisão foram expedidos. Além de Giovanni, a Justiça também aceitou a denúncia contra os chefes e integrantes da facção Comando Vermelho que sabiam da ação e deram o aval para o ato ou auxiliaram os executores.

São eles: Edgar Alves de Andrade, o Doca, Carlos da Costa Neves, o Gardenal, Juan Breno Malta Ramos rodrigues, o BMW e Francisco Glauber Costa de Oliveira, o Gl, que já está preso no Complexo de Gericinó.

Segundo a Polícia Civil, a facção ainda promoveu uma espécie de tribunal do crime. Francisco Glauber Costa de Oliveira teria autorizado a execução dos criminosos que mataram os médicos, como explica o delegado Leandro Costa.

A investigação confirmou que os criminosos confundiram o médico Perseu Ribeiro Almeida com o miliciano Taillon de Alcântara Barbosa.  No ataque, também morreram Marcos Andrade Corsato e Diego Ralf de Souza Bonfim. Já Daniel Proença levou diversos tiros, mas sobreviveu.

Para a polícia, a fisionomia parecida entre Perseu e Taillon fez com que algum informante do tráfico, ainda não identificado, passasse a informação de que ele estaria no quiosque junto a possíveis seguranças.

Ao saber da confusão dos criminosos, a cúpula da facção decidiu executar todos que participaram diretamente do ataque.

Quatro dos cinco traficantes morreram horas depois do caso. Entre eles, o mentor do ataque, Philip Motta Pereira, conhecido como Lesk, e responsável por comunicar os "chefes.

Um quinto participante da ação, o motorista do carro, foi poupado pela cúpula no tribunal do tráfico, mas acabou morrendo um mês e meio depois durante uma tentativa de assalto.


 

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