Polícia Civil identifica cerca de dez vítimas de empresário suspeito de aplicar golpes

Ao todo, elas tiveram um prejuízo milionário

Por Pedro Dobal

Polícia Civil identifica cerca de dez vítimas de empresário suspeito de aplicar golpes
Empresário, Luiz Matias de Araújo
Divulgação/PCERJ

A Polícia Civil já identificou cerca de 10 vítimas do empresário suspeito de aplicar golpes contra interessados em adquirir franquias de uma lanchonete. Ao todo, elas tiveram um prejuízo de R$ 1 milhão.

Durante a ação desta quarta-feira (2), os agentes cumpriram quatro mandados de busca e apreensão em endereços na Zona Oeste do Rio e em Queimados, na Baixada Fluminense.

Segundo as investigações, algumas vítimas pagaram pelo quiosque da franquia e nunca receberam, enquanto outras receberam pontos comerciais que estavam com aluguéis atrasados e acabaram despejadas, perdendo todo investimento feito. 

Regina Conceição investiu R$ 60 mil para montar um quiosque em uma estação de trem e viu as economias de uma vida inteira irem embora.

Outra vítima, que prefere não se identificar, pagou por duas franquias. Uma delas chegou a ser entregue, mas a segunda nunca ficou pronta. Prejuízo que, segundo a vítima, vai além da perda material. 

Uma das vítimas chegou a ter um prejuízo de quase R$ 300 mil. Depois de reclamar sobre a demora na entrega dos quiosques, o suspeito chegou a dar cheques sem fundos à vítima supostamente com todo o valor investido.

Durante a operação, as equipes apreenderam celulares, computadores e documentos. O material ainda vai ser analisado pelos investigadores, que querem entender para onde foi o dinheiro obtido com os golpes.

O delegado Ângelo Lages, responsável pelas investigações, orienta que os interessados em negócios do tipo pesquisem bastante antes de confirmar o investimento.

Além do empresário Luiz Matias Araújo, também são investigados por estelionato o irmão dele e um homem apontado como gerente da empresa. A Polícia ainda apura se os suspeitos também cometeram os crimes de lavagem de dinheiro e associação criminosa. 

Os investigadores já sabem que o empresário nem sequer tinha o registro da marca "Cia da Empada". Além disso, o endereço indicado pela empresa era em um centro comercial onde ela nunca alugou sala.

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