
A Polícia Civil descarta a possibilidade de execução na morte de um policial civil da Coordenadoria de Recursos Especiais, considerada a força de elite da instituição.
João Pedro Marquine Santana, de 39 anos, foi baleado por criminosos na noite de domingo (30), em Barra de Guaratiba, na Zona Oeste do Rio. Segundo testemunhas, o policial passava pela Avenida Artur Xexéo quando foi rendido pelos bandidos que estavam em três carros.
O caso é investigado pela Delegacia de Homicídios da Capital como tentativa de assalto. Segundo a Polícia Civil, o agente tentou reagir à abordagem e foi baleado pelos criminosos.
A Polícia Militar foi acionada, mas a vítima já estava morta quando os agentes chegaram ao local. A área foi isolada para a realização da perícia.
João era casado com a juíza criminal Tula Mello, do Terceiro Tribunal do Júri do Rio de Janeiro. Ela estava em outro veículo, blindado, que conseguiu fugir dando ré. A magistrada não foi atingida na ocorrência.
Após a morte do policial, equipes da Core fizeram uma operação emergencial na comunidade César Maia, em Vargem Pequena, com o objetivo de localizar os suspeitos. Houve intenso tiroteio na região.
Os investigadores acreditam que os bandidos tenham fugido para a comunidade logo após o crime. Um dos três carros usados no crime foi localizado na região.
Em nota, a Polícia Civil lamentou a morte do agente e disse que presta assistência à família. A Delegacia de Homicídios e a Core tentam identificar os envolvidos no crime.
O velório está marcado para esta terça-feira (1ª). João deixa dois filhos e dois enteados.
Ele é o 22º agente de segurança morto na Região Metropolitana do Rio apenas neste ano, número que triplicou em relação ao mesmo período do ano passado, quando sete foram mortos. Ao todo, 37 agentes foram baleados neste ano, segundo o Instituto Fogo Cruzado.