Polícia Civil cumpre mandados contra nutricionista acusada de fraudar planos de saúde

Segundo as investigações, a profissional solicitava reembolsos utilizando dados dos próprios pacientes

Por Daniel Henrique

Polícia Civil cumpre mandados contra nutricionista acusada de fraudar planos de saúde
Nutricionista alvo de operação
Reprodução/Internet

A Polícia Civil cumpriu mandados de busca e apreensão nesta sexta-feira (20) em endereços ligados a uma nutricionista acusada de fraudar solicitações de reembolsos de planos de saúde utilizando dados dos próprios pacientes.

Paula Carolina da Silva Morais era conveniada à operadora Amil, que possui plano de saúde coletivo com a concessionária Light.

Uma das vítimas, que era funcionário da empresa de energia, contou à polícia que, por indicação de colegas de trabalho, agendou consulta com Paula. Durante o atendimento, ela solicitou ao paciente os dados de acesso ao site da Amil, sob o falso pretexto de que dariam entrada no pedido de reembolso da consulta e medicamentos receitados. Ela ainda solicitou que o paciente fizesse o reconhecimento facial no aplicativo do plano de saúde.

Com os dados, Paula abriu uma conta bancária em nome da vítima e solicitou o reembolso à Amil por diversos exames fictícios, no valor que ultrapassou R$ 4.700.

Ao descobrir a fraude, a operadora de planos de saúde descredenciou as vítimas, que foram demitidas pela Light.

Em nota, a Amil diz que ao identificar comportamentos irregulares no plano de saúde, a partir da análise das notas fiscais apresentadas, formalizou uma notícia-crime para a autoridade policial.

Na notícia-crime, a Amil aponta que os endereços das clínicas de Paula não condizem com a atividade que supostamente exercem, o que denota indícios de que as clínicas são empresas de fachada. Além disso, o noivo dela, que é médico, assinou pedidos de exames.

Pelo menos trinta registros foram feitos em delegacias contra a nutricionista. As mensagens trocadas com os pacientes revelam o mesmo modus operandi. Ela também é acusada de prescrever medicamentos controlados sem habilitação legal.

A Justiça autorizou a quebra do sigilo de dados telefônicos.

O Conselho Regional de Nutrição diz que vai instaurar um processo administrativo para averiguar os fatos que envolvem a nutricionista, mas que o processo não implica em um pré-julgamento ou comprovação de irregularidade por parte da profissional.

A Light foi procurada pela reportagem, mas respondeu que não se pronunciará sobre o assunto. A reportagem da BandNews FM tenta contato com a defesa da profissional.

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