A Polícia Civil apura se outras alunas de um instrutor de surfe preso por abusar sexualmente de uma menina de 10 anos também foram vítimas dele. O crime aconteceu na última quarta-feira (4) durante uma aula de surfe na praia da Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio.
A família, que é de fora do Rio de Janeiro, estava a passeio na cidade há cerca de uma semana. Segundo a polícia, o instrutor Ronald Lima Jean Jacques, de 20 anos, já havia oferecido aulas para eles três vezes, mas só na quarta-feira, os turistas tiveram interesse. Da areia, a mãe ficou observando a filha no mar junto com o professor e registrou a aula em vídeos e fotos. Mas, pouco tempo depois de entrar na água, a menina foi até os pais e contou o que havia acontecido, como explica o delegado Ângelo Lages.
De acordo com os relatos, o instrutor ainda teria conversado com o pai da vítima para tentar amenizar a situação. Ele teria dito que encostou na criança sem querer quando precisou ajeitar o biquíni da menina. A família registrou a denúncia na delegacia e, segundo o delegado, o laudo do exame de corpo de delito não deixa dúvidas sobre o abuso.
Mesmo depois de cometer o crime, o instrutor ainda mandou mensagens para a mãe da menina oferecendo novas aulas. Sob orientação da polícia, um novo encontro foi marcado para esta quinta-feira (5). Ronald Jacques foi preso em flagrante. Informalmente, ele confessou aos policiais que havia cometido o crime.
De acordo com os investigadores, Ronald não era vinculado a nenhuma escolinha de surfe e trabalhava oferecendo aulas no local desde 2015. Por isso, o delegado Ângelo Lages afirma que não descarta a possibilidade de que outras alunas também possam ter sido vítimas.
O inquérito já foi finalizado e encaminhado para a Justiça. Ronald vai responder por estupro de vulnerável. A pena pode ser de oito a quinze anos de prisão.