Polícia apura se instrutor de Surfe abusou de outras alunas na Barra da Tijuca

Crime aconteceu na última quarta-feira (4) durante uma aula de surfe na praia da Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio

Por Nicolle Timm

Polícia apura se instrutor de Surfe abusou de outras alunas na Barra da Tijuca Divulgação
Polícia apura se instrutor de Surfe abusou de outras alunas na Barra da Tijuca
Divulgação

A Polícia Civil apura se outras alunas de um instrutor de surfe preso por abusar sexualmente de uma menina de 10 anos também foram vítimas dele. O crime aconteceu na última quarta-feira (4) durante uma aula de surfe na praia da Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio.

A família, que é de fora do Rio de Janeiro, estava a passeio na cidade há cerca de uma semana. Segundo a polícia, o instrutor Ronald Lima Jean Jacques, de 20 anos, já havia oferecido aulas para eles três vezes, mas só na quarta-feira, os turistas tiveram interesse. Da areia, a mãe ficou observando a filha no mar junto com o professor e registrou a aula em vídeos e fotos. Mas, pouco tempo depois de entrar na água, a menina foi até os pais e contou o que havia acontecido, como explica o delegado Ângelo Lages.

De acordo com os relatos, o instrutor ainda teria conversado com o pai da vítima para tentar amenizar a situação. Ele teria dito que encostou na criança sem querer quando precisou ajeitar o biquíni da menina. A família registrou a denúncia na delegacia e, segundo o delegado, o laudo do exame de corpo de delito não deixa dúvidas sobre o abuso.

Mesmo depois de cometer o crime, o instrutor ainda mandou mensagens para a mãe da menina oferecendo novas aulas. Sob orientação da polícia, um novo encontro foi marcado para esta quinta-feira (5). Ronald Jacques foi preso em flagrante. Informalmente, ele confessou aos policiais que havia cometido o crime.

De acordo com os investigadores, Ronald não era vinculado a nenhuma escolinha de surfe e trabalhava oferecendo aulas no local desde 2015. Por isso, o delegado Ângelo Lages afirma que não descarta a possibilidade de que outras alunas também possam ter sido vítimas.

O inquérito já foi finalizado e encaminhado para a Justiça. Ronald vai responder por estupro de vulnerável. A pena pode ser de oito a quinze anos de prisão.

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