A Polícia Civil afirma que a cigana suspeita de envolvimento no assassinato de um empresário com um brigadeirão envenenado foi a mandante e a arquiteta do crime.
Suyane Breschak já está presa desde a semana passada e era a mentora espiritual de Júlia Andrade Pimenta, a namorada que teria colocado 50 comprimidos de um medicamento controlado no doce servido a Luiz Marcelo Ormond.
Júlia se entregou à Polícia na terça-feira (4), mas preferiu permanecer em silêncio. Sob gritos de "assassina", ela foi transferida nesta quarta-feira (5) para o sistema prisional.
O padrasto e a mãe dela, porém, foram ouvidos pelos policiais e disseram que ela confessou que teria cometido um erro muito grande e acabado com a vida dela, como explica o delegado Marcos Buss.
O corpo do empresário foi encontrado em estado avançado de decomposição no dia 20 de maio, no apartamento em que morava. De acordo com as investigações, desde que deixou o imóvel, Júlia esteve na casa dela em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio, e na casa dos pais em Maricá, na Região Metropolitana. Ela ainda teria se escondido em Saquarema, na Região dos Lagos.
Os investigadores acreditam que Júlia tenha atuado sob orientação de Suyany, já que tinha medo de supostos "poderes mágicos". O delegado Marcos Buss explica que, em depoimento, a cigana admitiu que tinha como fonte de renda pagamentos mensais que eram feitos por Júlia.
A Polícia Civil investiga se Suyany orientou Júlia a se afastar de um segundo namorado e se mudar para a casa da vítima, para que o crime fosse cometido.
A justificativa apresentada a esse outro namorado era de que Júlia precisaria trabalhar como babá de duas crianças por cerca de um mês, em troca de um suposto pagamento de 11 mil reais.