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PMs abordam filhos de diplomatas e são acusados de conduta racista

O Ministério das Relações Exteriores enviou um pedido de desculpas aos embaixadores do Canadá, do Gabão e de Burkina

Por Pedro DobalMyllena Vianna

PMs abordam filhos de diplomatas e são acusados de conduta racista
Reprodução

O Ministério das Relações Exteriores enviou um pedido de desculpas aos embaixadores do Canadá, do Gabão e de Burkina Faso pela abordagem da Polícia Militar contra os filhos dos diplomatas em Ipanema, na Zona Sul do Rio.  

O caso aconteceu na noite de quarta-feira (3). Familiares acusam os agentes de racismo, já que os policiais já desceram da viatura apontando as armas para os jovens.

Os adolescentes, que têm entre 13 e 14 anos, estavam voltando da praia quando foram abordados na porta de um prédio na Rua Prudente de Morais. No grupo, também havia dois meninos brasileiros.

Imagens de câmeras de segurança registraram o momento em que os cinco atravessam a rua. Um deles entra em um prédio e os outros quatro ficam em frente à garagem. Segundos depois, a viatura para na calçada e os adolescentes são colocados de costas em uma parede para serem revistados.  

Neste momento, os policiais ainda teriam questionado quem eram e o que estavam fazendo ali. Cerca de três minutos depois, eles encerram a abordagem e vão embora.

A mãe de um dos brasileiros, Rhaiana Rondon, afirma que os agentes ainda disseram que os jovens não deveriam ficar circulando pela região ou voltariam a ser abordados.

A avó do outro brasileiro, Nadia Fortes, demonstra indignação com o ocorrido.

Como eles moram em Brasília, o caso está sendo investigado pela Delegacia Especial de Apoio ao Turista, que esteve no prédio na manhã desta sexta-feira (5) e pretende ouvir os envolvidos. O porteiro do prédio já foi intimado para prestar depoimento.  

A Polícia Militar afirma que vai analisar as imagens das câmeras corporais para constatar se houve excesso por parte dos agentes. O caso é apurado pela Corregedoria da PM, que também esteve no local em busca de imagens de câmeras de segurança.

A Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da Assembleia Legislativa do Rio repudiou a abordagem, que classificou como racista. A comissão deve se reuniu com os meninos e familiares e vai enviar um ofício à Polícia Militar para cobrar explicações.

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