A Justiça decreta a prisão do policial militar acusado de matar um mecânico e balear outros dois homens em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Ronan Silva Pinheiro, de 30 anos, conhecido como Lohan, foi enterrado na quinta-feira (8).
As investigações da Delegacia da Posse (58 ª DP) constataram que o soldado Renan Leite Santos teria mentido em depoimento e que não há nenhum indício que comprove que ele agiu em legítima defesa, como havia informado em depoimento.
Renan alegou que atirou duas vezes contra o mecânico por achar que seria agredido, e que, em seguida, atirou contra Wanderson Patrick dos Santos, de 27 anos, e Geovane de Carvalho, de 32, por ter sido cercado por uma multidão.
Além disso, o soldado chegou a dizer para a corporação que havia sofrido uma tentativa de assalto, fato não narrado em depoimento na delegacia.
As versões de Renan foram desmentidas pelas duas vítimas sobreviventes e seis testemunhas, que já foram ouvidas pela Polícia Civil e contaram que o PM é conhecido por morar próximo de todos os envolvidos.
Lohan foi baleado ao sair de uma festa com vizinhos, próximo de casa. Os agentes descobriram que Renan abordou a vitima, que estava de moto. O policial perguntou a Lohan se ele estaria armado e chegou a levantar a camisa da vitima. Em seguida, quando o mecânico arrancou, foi atingido com dois tiros pelas costas.
As outras duas vítimas foram baleadas ao questionares o agente sobre o disparo contra Lohan.
O mecânico chegou a ser socorrido para o Hospital Geral de Nova Iguaçu (HGNI), mas não resistiu aos ferimentos e faleceu na terça-feira (6). Já Wanderson Patrick dos Santos, de 27 anos, foi atingido no tórax e abdômen, e Geovane de Carvalho, de 32, na mão direita.
A prisão do PM foi pedida pela Polícia Civil após os investigadores descobrirem que o PM teria se mudado e também para a segurança das testemunhas.
Contra o soldado Renan Leite Santos, lotado no Batalhão de Botafogo (2º BPM), foi decretado mandado de prisão temporária por homicídio e tentativa de homicídio.