PM abre processo para apurar envolvimento de agentes na morte de advogado no Rio

Um dos militares chegou a ser preso em flagrante por porte ilegal de componentes de arma de fogo

Por Pedro Dobal

Rodrigo Marinho Crespo foi morto a tiros em fevereiro
Reprodução/vídeo

A Polícia Militar vai abrir um procedimento interno para apurar a conduta dos quatro PMs que foram alvo de uma operação contra suspeitos de envolvimento na morte do advogado Rodrigo Marinho Crespo, no Centro do Rio.

Um dos militares chegou a ser preso em flagrante por porte ilegal de componentes de arma de fogo durante a ação de terça-feira (9). A corporação ainda aguarda o envio da cópia do inquérito sobre o caso para entender o que motivou os mandados de busca e apreensão.  

Segundo a Polícia Civil, dois agentes investigados são do batalhão de Duque de Caxias, um é da unidade de Belford Roxo e um quarto estava cedido para outro órgão.

O contraventor Adilson Oliveira Coutinho Filho, conhecido como Adilsinho, também foi alvo da ação. As investigações apontaram que o grupo que executou o advogado é chefiado pelo bicheiro, que atua na exploração de jogos ilegais e no comércio ilegal de cigarros, principalmente na Baixada Fluminense.

Os agentes apreenderam um fuzil, uma carabina, três pistolas, munições, telefones, computadores, carregadores e R$ 47,5 mil.

Rodrigo Marinho Crespo foi morto a tiros em fevereiro, a poucos metros do escritório onde trabalhava e da sede da Ordem dos Advogados do Brasil.

Outros três suspeitos já tinham sido presos por envolvimento no crime. O PM Leandro Machado da Silva teria coordenado a logística do assassinato, enquanto Eduardo Sobreira Moraes e Cézar Mondêgo de Souza teriam participado do monitoramento da rotina da vítima antes da execução.

Procurada pela BandNews FM, a defesa de Adilsinho, que se apresenta apenas como empresário, diz que ele é inocente e nega qualquer envolvimento com os fatos investigados.

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