O Produto Interno Bruto brasileiro registra crescimento de 0,9% no segundo trimestre do ano e fecha o primeiro semestre com alta de 3,7%. Segundo os dados divulgados nesta sexta-feira (1º) pelo IBGE, o PIB do país totalizou 2 trilhões e 651 bilhões de reais no trimestre encerrado em junho.
Esse é o oitavo resultado positivo consecutivo, mas é menor do que o registrado nos três primeiros meses de 2023, quando houve crescimento de 1,8%
De acordo com o IBGE, a alta foi puxada pelo desempenho da indústria, que cresceu 0,9%, e dos serviços, com alta de 0,6%. Como os serviços respondem por cerca de 70% da economia do país, o resultado do setor, que está há três anos sem variações negativas, foi o principal responsável pelo crescimento do indicador.
O motorista de aplicativo José Alex afirma que notou um aquecimento no setor de bares e restaurantes, mas o número de corridas acabou não crescendo na mesma proporção.
Já a agropecuária teve redução de 0,9%, após um avanço de 21% no primeiro trimestre, e foi o único dos três grandes setores da economia a registrar queda. Segundo o IBGE, isso ocorre porque 60% da produção da soja é concentrada no primeiro trimestre.
O PIB é a soma do valor de todos os bens e serviços produzidos. Os dados apontam que a atividade econômica do país está 7,4% acima do patamar pré-pandemia.
Ainda segundo o IBGE, houve um crescimento de 0,9% no consumo das famílias, impulsionado especialmente pela maior oferta de crédito e por medidas do governo, entre elas redução no preço dos automóveis e os reajustes nos programas de transferência de renda, como o Bolsa Família. Apesar disso, o crescimento foi freado pelos juros altos, que dificultam principalmente a compra de bens duráveis pelas famílias.