PIB de Petrópolis deve sofrer perda de R$ 665 milhões após tragédia

De acordo com a Firjan, 35% das companhias tiveram a linha de produção afetada

Gustavo Sleman

Números podem influenciar no processo de reconstrução da cidade
Fernando Frazão/Agência Brasil

O Produto Interno Bruto de Petrópolis deve sofrer uma perda de R$ 665 milhões após o temporal que atingiu a cidade da Região Serrana na última semana. A estimativa é de uma pesquisa da Federação das Indústrias do Rio, que entrevistou representantes de 286 empresas entre os dias 16 e 18 de fevereiro.

De acordo com a Firjan, 35% das companhias tiveram a linha de produção afetada. Já o impacto sobre a área administrativa e de vendas foi relatado, respectivamente, por 30% e 35% dos entrevistados.  

Na análise do presidente da instituição, Eduardo Eugenio Gouvêa, os números podem influenciar no processo de reconstrução da cidade.

O estudo mostrou ainda que 11% dos representantes relataram desaparecimento ou morte de funcionários. O levantamento apontou ainda que as maiores dificuldades enfrentadas são alagamento no entorno dos estabelecimentos, citado por 77% das pessoas, e falta de energia elétrica e/ou telefone, relatada por 60%.

Além disso, 31% registraram alagamento no interior da empresa e 23% citaram danos na estrutura física, como quebra de equipamento, desabamento ou condenação de muros e paredes.

O principal ponto comercial de Petrópolis, a Rua Teresa foi um dos locais mais afetados pela chuva da última semana. Diferentes trechos da via passam por um processo de limpeza.

De acordo com a Presidente da Associação da Rua Teresa, Denise Fiorini, comerciantes agora planejam formas de se reestruturar. Além de uma campanha de arrecadação para ajudar vítimas do temporal, a associação também planeja vendas on-line.

A pesquisa da Firjan destacou ainda que, entre os entrevistados, 65% afirmaram que as empresas foram diretamente afetadas e 85% delas ainda não tiveram o funcionamento restabelecido. Para os que já conseguem vislumbrar uma normalização, a expectativa é de que o retorno total das atividades leve, em média, 13 dias. Porém, um em cada 3 dos representantes entrevistados não sabe dizer no momento quando essa retomada vai ser possível. 

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