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Com petróleo em alta, Petrobras acumula defasagem nos preços dos combustíveis

Dados dos importadores ilustram discrepância

Por João Videira (sob supervisão)

Com petróleo em alta, Petrobras acumula defasagem nos preços dos combustíveis
Sergio Moraes/Reuters

Com o preço do barril do petróleo no maior patamar desde novembro de 2022, o valor dos combustíveis vendidos pela Petrobras às distribuidoras acumula defasagem de 9% para a gasolina e de 11% para o óleo diesel. Os dados foram levantados pela Associação Brasileira dos Importadores de Combustiveis (Abicom).

Na manhã desta terça-feira (19), o petróleo do tipo Brent, negociado na Bolsa de Londres, chegou aos US$ 95,96, valor 1,58% acima do registrado na abertura do pregão.

Com isso, a defasagem doméstica em relação ao valor vendido nos mercados internacionais chega ao maior patamar desde o dia 8 deste mês.  

Desde que abandonou o critério da Paridade de Preços Internacional (PPI), a discrepância dos preços da Petrobras e aqueles praticados pelo mercado internacional foi cada vez mais percebida pelo setor de óleo e gás. Com uma nova estratégia comercial, a petroleira tem praticado valores abaixo daqueles da iniciativa privada.

Na última semana, a Acelen, responsável por uma das maiores refinarias privadas do país, aumentou o preço do óleo diesel em aproximadamente R$ 0,21 centavos.

A última vez que a Petrobras elevou os preços dos combustíveis foi dia 15 de agosto. Na ocasião, a petroleira anunciou reajuste de R$ 0,41 no preço do litro da gasolina. Para o diesel, a alta foi de R$ 0,78 no valor do litro.  

Na avaliação de analistas do mercado financeiro, ambos os combustíveis podem passar por repiques por conta de cortes voluntários de produção dos paises exportadores. No entanto, com um dólar controlado até o fim do ano, a expectativa é de que os movimentos sejam freados, diminuindo a chance de serem percebidos nas bombas.

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