Petrobras inicia em agosto nova fase de acolhimento às vítimas de assédio sexual

Segundo a estatal, a iniciativa faz parte do trabalho interno de investigação e combate a esse tipo de crime envolvendo funcionários

Por Gustavo Sleman

Petrobras inicia em agosto nova fase de acolhimento às vítimas de assédio sexual
Nova fase de acolhimento às vítimas de assédio começa em agosto
Agência Brasil

A Petrobras inicia em agosto a segunda fase do projeto de acolhimento a vítimas de assédio sexual na companhia. Segundo a estatal, a iniciativa faz parte do trabalho interno de investigação e combate a esse tipo de crime envolvendo funcionários. Uma equipe multidisciplinar especializada vai estar disponível para escuta e atendimento das pessoas afetadas nas instalações da Petrobras.

Em nota, a companhia classificou essa etapa como uma evolução da primeira fase do Canal de Acolhimento, lançada em maio, quando foram abertos canais voluntários de atendimento on-line, telefônico e presencial.

De acordo com investigação interna da estatal, dez casos de assédio sexual e importunação sexual aconteceram dentro da Petrobras, entre 2019 e 2022. Foram analisadas 81 denúncias de funcionárias nos últimos três meses. Um caso ainda segue em apuração.

O número questionado é pela Federação Nacional dos Petroleiros. Na análise da entidade sindical, um fator que pode dificultar a apuração é o tempo, já que muitos dos episódios de assédio ocorreram há vários anos. Para a diretora da federação, Natália Russo, é necessário cobrar esclarecimentos sobre as investigações e medidas contra gestores que teriam sido coniventes.

Em março, um petroleiro da Petrobras foi denunciado pelo Ministério Público do Rio por assédio e importunação sexual. De acordo com a estatal, ele já não faz parte do quadro de funcionários.
Em nota, a Petrobras reafirmou que não tolera nenhum tipo de violência, em especial as violências de natureza sexual e que, desde o início da atual gestão, quando tomou conhecimento de casos graves de assédio ocorridos até 2022, assumiu o compromisso de identificar necessidades de melhorias nos processos de denúncia e investigação.

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