Fruto de uma parceria com as petroleiras Equinor e Repsol Sinopec, a Petrobras anuncia o investimento de US$ 9 bilhões em um projeto em que planeja produzir e exportar 16 milhões de m³/dia de gás natural.
A exploração será sitiada em águas profundas na Bacia de Campos, situada na costa norte do Rio de Janeiro.
O valor corresponde a quase três vezes da capacidade diária de processamento de gás da plataforma de maior produção atual da companhia, no campo de Sépia, no pré-sal da Bacia de Santos (6 milhões de m³/dia).
No início das operações, em 2028, o projeto - apelidado de BM-C-33 - poderá recuperar reservas de óleo e gás acima de 1 bilhão de barris equivalentes. A transferência será realizada por meio de um gasoduto submarino ligando a plataforma a cidade de Macaé.
Presidente da Equinor no Brasil, Veronica Coelho acredita que o gás escoado poderá representar 15% do total da semana brasileira de gás no início da produção.
Para o CEO da Repsol Sinopec, Alejandro Ponce, o campo será uma importante fonte de gás para o mercado interno e irá ajudar a transição para um futuro de baixas emissões.
No bloco já foram realizadas três descobertas no pré-sal: Gávea (2011) e Seat (2011) e uma de gás condensado Pão de Açúcar (2012), que será explorada com a parceria.
Revitalização de campos offshore
Nesta segunda (8), o presidente da companhia, Jean Paul Prates, ainda anunciou o início da operação da plataforma Anna Nery, projeto de revitalização de campos offshore na Bacia de Campos.
O campo já foi o maior produtor de petróleo do país. A unidade poderá produzir até 70 mil barris de óleo e 4 milhões de m3 de gás por dia.
Segundo Prates, o projeto é o maior do mundo em recuperação de ativos maduros da indústria offshore.