Às vésperas da volta de impostos federais sobre o diesel, começa a valer a redução de R$ 0,30 no litro do combustível da Petrobras vendido às distribuidoras. Essa é a segunda redução anunciada pela companhia neste mês.
Segundo estimou a estatal ao anunciar a mudança, na terça-feira (27), considerando a mistura obrigatória de 88% de diesel A e 12% de biodiesel, a parcela da petroleira no preço ao consumidor terá redução de R$ 0,26 por litro. Assim, cada litro deve custar em média R$ 3,06 ao consumidor final.
A partir de 1º de janeiro, está prevista a reoneração, que irá fazer com que os R$ 0,327 centavos, hoje fora da tributação do diesel, voltem a incidir sobre o combustível.
Após o anúncio da Petrobras, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que espera que a nova redução ajude a compensar a volta dos impostos do diesel.
O temor dos analistas era de impacto inflacionário em janeiro. O economista-chefe do Banco Master, Paulo Gala, afirma que o segundo ajuste da Petrobras alivia o cenário para o primeiro mês de 2024.
"O primeiro corte que a Petrobras fez no diesel no começo de dezembro teve efeito, agora esse segundo praticamente não tem. Agora para janeiro, o cenário com a reoneração seria mais problemático, não fosse esse esse corte feito do diesel", avalia.
O caminhoneiro Lucio Lima afirma que enfrenta uma situação difícil com o patamar elevado do combustível nas bombas.
"Esse óleo diesel do jeito que está é terrível para a gente. Não é o suficiente, é uma redução muito mínima que fizeram para a gente", afirma.
Segundo relatório dos importadores (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis), na manhã desta quarta-feira (27), a estatal operava com um preço de diesel 6% abaixo daquele vendido no mercado internacional.
O barril de referência do petróleo (Brent) era vendido nesta quarta-feira (27) na abertura do pregão da Bolsa de Londres por US$ 80,72.
No ano, o diesel acumula uma redução de R$ 1,01. Já a gasolina de R$ 0,27.