A Petrobras anunciou o aumento de R$ 0,41 no preço do litro da gasolina às distribuidoras. A alta no valor do litro do diesel foi ainda maior: R$ 0,78. Os reajustes ocorrem depois de mais de 80 dias sem alta de preços e após alertas sobre a possibilidade de desabastecimento.
Os valores representam ganho de 16,2% no caso da gasolina e de 25,8% no caso diesel.
Esses são os primeiros aumentos anunciados desde que a estatal deixou de seguir a volatilidade do mercado internacional e as variações do dólar como critérios de precificação.
A colunista de economia da BandNews FM, Juliana Rosa, disse que os reajustes atendem a esses critérios.
A petroleira ressalta que o valor final do produto é afetado por outros fatores como impostos, misturas de biocombustíveis e margens de lucros.
Como justificativa para os aumentos, a Petrobras afirma que os preços do petróleo se consolidaram em outro patamar e que a empresa está no limite da sua otimização operacional.
"A companhia reitera que na formação de seus preços busca evitar o repasse da volatilidade conjuntural do mercado internacional e da taxa de câmbio, ao passo que preserva um ambiente competitivo salutar", diz em nota.
Em maio deste ano, a petroleira deixou de seguir a Paridade de Preço de Importação (PPI). A empresa vinha sendo questionada pelo mercado financeiro e importadores do mercado de petróleo brasileiro. As defasagens, inclusive, tinham gerado alertas de risco de desabastecimento de diesel.
Nesta segunda-feira (14), um relatório da XP Investimentos mostrou que o preço médio da gasolina vendida nas refinarias da estatal está R$ 1,15 abaixo das cotações internacionais.
Já segundo dados da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis, a estatal vendia seus produtos com defasagem média de 24% para o óleo diesel e gasolina.
Desde o anúncio do reajuste, na manhã desta terça-feira (15), as ações da estatal vêm acumulando alta após a abertura do pregão.