Peritos vão tentar identificar bala que disparou projétil que matou jovem

Família de Cauã da Silva Santos acusa policiais militares de terem feito os disparos que atingiram o adolescente durante um evento, na segunda-feira (4)

Gabriela Morgado e Gustavo Sleman

Cauã da Silva Santos foi baleado e morto durante ação policial em Cordovil, Zona Norte
Reprodução

Peritos do Instituto de Criminalística Carlos Ebóli vão analisar se é possível identificar pelo fragmento de projétil encontrado no corpo do jovem morto em Cordovil, na Zona Norte do Rio, a arma de onde partiu o tiro.

A família de Cauã da Silva Santos acusa policiais militares de terem feito os disparos que atingiram o adolescente durante um evento de um projeto social, na segunda-feira (4). O corpo de Cauã foi enterrado nesta quarta (6) no Cemitério de Irajá.

Segundo a Polícia Civil, a suspeita é que a bala tenha batido em uma superfície sólida, ricocheteado e um fragmento, encontrado na caixa torácica do adolescente, tenha atingido o jovem, conforme apontado pelo laudo do Instituto Médico Legal.

Após o ocorrido, a bisavó de Cauã, Deise Rodrigues, teve três paradas cardíacas e foi internada. A avó dele, Edineize Cristina, lembrou que o sonho do neto era ser militar para proteger os considerados mais fracos na sociedade.

A Delegacia de Homicídios da Capital investiga o caso. Sete PMs que participaram da ação foram afastados das ruas e já prestaram depoimento. Dois fuzis foram apreendidos e vão passar por confronto balístico.

Segundo familiares, os policiais teriam entrado na rua atirando, atingindo Cauã, que comemorava ao lado de amigos a participação em um campeonato de luta-livre.

Os agentes, de acordo com as denúncias, teriam empurrado o jovem para dentro de um valão. A Polícia Militar afirma que os PMS foram atacados por bandidos e um foragido foi preso na ação.

Em Queimados, na Baixada Fluminense, a Corregedoria da corporação e a Polícia Civil também investigam denúncias de que PMs teriam sido responsáveis pela morte de um vassoureiro.

De acordo com testemunhas, Diego William da Silva Dias Limas foi abordado e baleado enquanto saía de casa para trabalhar na terça (5). Nesta quarta (6), parentes e amigos voltaram a realizar uma manifestação cobrando justiça.

Durante a manhã, a família de Diego esteve no IML de Nova Iguaçu para fazer o reconhecimento do corpo. O irmão dele, Ney Vitor, criticou a demora do procedimento.

Diego William foi enterrado no cemitério Vale da Saudade, em Queimados. As armas utilizadas pelos PMs foram apreendidas e vão passar por perícia. Em nota, a Polícia Militar informou que os agentes foram atacados por criminosos armados.

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