Pela primeira vez em seis anos, Rio vai ter três representantes na Superliga Feminina de Vôlei

O Fluminense é maior campeão estadual com 29 títulos, e Sesc RJ Flamengo, maior campeão nacional com 12

Por Guilherme Veiga (sob supervisão)

Pela primeira vez em seis anos, Rio vai ter três representantes na Superliga Feminina de Vôlei
Pela primeira vez em seis anos, o Rio de Janeiro vai ter três representantes na Superliga Feminina de Vôlei
Thiago Mendes

Pela primeira vez em seis anos, o Rio de Janeiro vai ter três representantes na Superliga Feminina de Vôlei. No último domingo (30), o Tijuca Tênis Clube repetiu o placar de 3 sets a 0 sobre o Pinhalense no segundo jogo da semifinal da Superliga B e, junto com a classificação para a final, garantiu o acesso inédito para a divisão de elite da modalidade.

Na próxima temporada, a equipe da Zona Norte se junta a Fluminense, maior campeão estadual com 29 títulos, e Sesc RJ Flamengo, maior campeão nacional com 12.

O time treinado e coordenado por Bernardinho começou no Paraná, onde foi bicampeão da Superliga, e se transferiu para o Rio de Janeiro em 2004. Começava, então, uma hegemonia de 14 finais seguidas e dez conquistas.

O pesquisador, colecionador e curador Quinho Sabiá destaca a rivalidade entre Rio e Osasco, que marcou a disputa por troféus durante o período.

Essa rivalidade começou a existir porque o Osasco não havia ganhado ainda e tinha grandes investimentos, fazia grandes equipes e não ganhava. Elas fizeram uma rivalidade que durou mais de uma década, né? Sendo que o Rio de Janeiro levou a maioria dessas edições. Todo jogo, valendo ou não valendo, sempre seria um clássico. E aqui no Rio a gente teve muitos jogos bons. O Tijuca Tênis Clube, acho que é uma área muito democrática. Todo mundo que gosta de vôlei ou joga vôlei alguma vez já passou por ali.

Apenas quatro temporadas tiveram três clubes do estado competindo, a primeira delas em 2000/2001. Naquele ano, o Flamengo venceu o Vasco na final, após três jogos no ginásio do Complexo Esportivo Caio Martins, em Niterói, e um no Maracanãzinho.

O pesquisador Quinho Sabiá relembra algumas das atletas que jogavam pelo Rubro-Negro e pelo Cruzmaltino.

Vasco e Flamengo vieram prometendo fortunas para as jogadoras, né? Estrelas como Leila e Virna no Flamengo. E do lado de lá, você tinha um time que já era multicampeão e experiente, com Fernanda Venturini, com Márcia Fu. Uma coisa que foi muito legal é que as jogadoras, no meio da competição, começaram a não receber mais. Era muito engraçado você ver que elas não perdiam a vontade de treinar, de jogar. Pra mim, foi a Superliga mais inesquecível de todas.

No vôlei masculino, o Rio de Janeiro não possui um representante na elite desde a extinção do Sesc RJ, em 2020.

O RJX é o único time do estado campeão da Superliga Masculina, feito alcançado na temporada 2012/2013. No ano seguinte, o projeto foi descontinuado após questões com o patrocinador máster.

Para Quinho Sabiá, a falta de mais torneios nas categorias de base e investimento de iniciativas privadas prejudicam o sucesso do voleibol carioca profissional.

Nós não temos, na base, tantas competições assim, que é o que fomenta os clubes a crescerem com outras equipes. Faltam investimentos de grandes empresas. Nós tínhamos na nossa época a venda da camisas. Você ia para um jogo, você tinha promoção em que você levava um ticket, você ia no shopping, você ganhava isso, você tirava foto com as jogadoras. Isso é um atrativo, né? Você acaba trazendo o torcedor, não só apenas para assistir ao jogo.

Nesta quarta-feira (2), às 21h, o Sesc RJ Flamengo enfrenta o Osasco no Maracanãzinho pela segunda partida das quartas de final da Superliga Feminina. O Rubro-Negro perdeu o primeiro jogo, por 3 sets a 1, e precisa da vitória para forçar o terceiro e decisivo duelo.

O Fluminense também precisa vencer o Sesi Bauru na quinta (3), às 18h, no Ginásio do Hebraica, em Laranjeiras, na Zona Sul, para levar o playoff ao jogo 3. No primeiro confronto, o Tricolor foi superado por 3 sets a 0.

O Tijuca volta à quadra na segunda-feira (7), às 21h, para a final da Superliga B. A decisão será disputada em partida única, no ginásio do clube, na Zona Norte. O adversário sairá do duelo entre Renasce Sorocaba e São Caetano.

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