O presidente do Vasco da Gama, Pedrinho, afirma que pediu o afastamento da 777 Partners do controle da SAF para ter informações sobre a gestão e para proteger o patrimônio do clube. As afirmações foram feitas durante uma coletiva concedida nesta quinta-feira (16), em São Januário. Em meio a uma crise financeira, Pedrinho disse que as informações das contas não eram compartilhadas pela 777, mesmo tendo sido solicitadas.

Na terça-feira (14), o Vasco solicitou o afastamento da empresa, o que foi aceito pela Justiça do Rio no dia seguinte. Em nota, a 777 informou que recebeu a notícia pela imprensa com indignação e surpresa.  

Com a decisão, o controle do futebol do Vasco retorna ao associativo.  

Durante o pronunciamento nesta quinta, o presidente Pedrinho rebateu as críticas e negou que o objetivo da medida seja tomar conta do futebol do Vasco.

Pedrinho disse ainda que cogitou entrar com a ação após o jogo que aconteceria neste sábado (18) entre Vasco e Flamengo.  

Ainda nesta quinta (16), a 777 perdeu uma ação judicial na Bélgica, onde é dona de outro clube. Os ativos da empresa no país estão bloqueados. O vice presidente jurídico do Vasco, Felipe Carregal, disse que não quer que o clube carioca seja o próximo prejudicado pelo que classificou como má gestão da 777.

A empresa também está sendo acusada de fraude nos Estados Unidos.  

O 1º vice-presidente do Cruzmaltino, Paulo Salomão, disse que a situação financeira da 777 é assustadora.  

Além dos problemas financeiros, os representantes jurídicos do Vasco ressaltaram que o descumprimento de medidas contratuais também motivaram o pedido de afastamento da empresa. No entanto, em nota oficial, a 777 garantiu que todos os termos foram respeitados.  

Perguntado sobre os próximos passos do clube, Pedrinho disse que o Vasco tem um plano B, mas que maiores detalhes não seriam expostos por respeito ao sócio.