Passeio Público sofre com depredação e falta de conservação

Quem frequenta o primeiro parque ajardinado do Brasil, no Centro do Rio, reclama das condições

Andrezza Buzzani

Há lixo espalhado em várias partes do jardim e até no lago BandNews
Há lixo espalhado em várias partes do jardim e até no lago
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Considerado o primeiro parque ajardinado do Brasil, o Passeio Público, no Centro do Rio, hoje dá espaço para o abandono. Reaberto em janeiro do ano passado, depois de permanecer fechado durante um período da pandemia, o local sofre com a falta de conservação e a depredação dos monumentos.  

Partes do gradil centenário foram furtadas ou quebradas. A ferrugem também deteriora as grades. Bustos, esculturas e placas de obras, que foram alvo de criminosos, até hoje não foram repostos.  

Há lixo espalhado em várias partes do jardim e até no lago. O mato, precisando de poda, se mistura com as folhas secas e os galhos que se acumulam pelo caminho. Bueiros estão destampados em diferentes pontos.  

Quem frequenta o parque reclama das condições. O designer gráfico Adilson Dias visita o espaço há cerca de oito anos e acompanhou o abandono. Para Adilson, a manutenção que é feita não dá conta dos problemas do parque.

O Passeio Público é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional e ocupa uma área de 33 mil metros quadrados. A construção do século XVIII foi projetada pelo Mestre Valentim, um dos principais artistas do período colonial brasileiro.  

Assim como Adilson, o aposentado Carlos Eduardo Rocha faz parte do grupo de moradores que doa tempo para cuidar do espaço que é de todos. Para revitalizar o jardim, Carlos planta mudas que recebe de doações.  

A Fundação Parques e Jardins, responsável pelo parque, disse que faz a limpeza e manutenção básica permanente e que, a partir da próxima segunda-feira (7), outras ações estão programadas, como poda, manutenção e reparos em mobiliários.

Em relação ao gradil, a Fundação Parques e Jardins afirmou que faz um levantamento de custos para recuperação. A instituição ressaltou que por se tratar de uma praça tombada pelo patrimônio histórico cultural, o processo de recuperação do gradil é mais cauteloso, porque se trata de um restauro.  

Já a Comlurb informou que faz diariamente a limpeza no local com uma equipe formada por dois garis. Nesta terça-feira (3), serão enviados outros 10 em apoio. E que o corte de grama é feito a cada 20 dias, podendo ser alterado conforme a necessidade.

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