O pai do menino de quatro anos Henry Borel, morto em março do ano passado, vai recorrer da decisão que absolveu a mãe da criança pelo crime de tortura. Leniel Borel também é assistente de acusação no processo. Monique Medeiros e o ex-namorado e ex-vereador Jairo Souza Santos Júnior são réus por homicídio duplamente qualificado do menino. Na época, o laudo de necropsia concluiu que Henry teve 23 lesões pelo corpo e hemorragia.
A juíza Elizabeth Machado Louro também absolveu os dois da acusação de fraude processual. Jairinho e Monique foram indiciados pelo crime, por ordenarem que a empregada da casa limpasse o local antes da chegada da perícia.
Durante o curso do processo, Jairinho já havia sido absolvido de uma acusação de coação.
De acordo com Leniel Borel, pai da vítima, a decisão da juíza é incoerente.
Nesta quarta-feira (2), a juíza Elizabeth Louro também decidiu que Monique e o ex-vereador Jairinho vão a júri popular pela morte de Henry Borel. Ainda não há uma data definida para o julgamento. A magistrada manteve ainda a prisão preventiva de Jairinho e a liberdade de Monique enquanto aguarda a sentença. Ela cumpre medidas cautelares e vai ter que entregar o passaporte à Justiça.
Na quarta-feira (2), um erro no sistema do site do Conselho Regional de Medicina do Rio mostrou que o registro de médico de Jairinho estava novamente ativo. No entanto, em nota, o Cremerj disse que a situação é atualizada de forma automática a cada seis meses e que o erro, causado pelo feriado de Finados, já foi corrigido. A interdição cautelar do documento de Jairinho foi aplicada pela primeira vez em junho de 2021.
O conselho disse ainda que processo de cassação do registro do ex-vereador está em alegações finais e deve ser julgado no dia 6 de dezembro.
A Polícia Civil e o Ministério Público concluíram que Monique e Jairinho foram responsáveis por homicídio duplamente qualificado.