A Justiça Federal determina que o carro da família de Heloísa dos Santos Silva e o veículo usado pelos policiais rodoviários federais na abordagem que terminou com a menina de 3 baleada, no Arco Metropolitano, passem por nova perícia da Polícia Federal.
A decisão atende a pedidos apresentados pelo Ministério Público Federal. Além disso, o juiz Ian Legay Vermelho também determinou que a PF análise as armas utilizadas pelos agentes no caso.
Na solicitação, o MPF argumentou que em depoimento ao órgão, a tia de Heloísa, Rayra dos Santos, revelou que um guardou em um copo um projétil que teria ficou "grudado" nela, no momento da abordagem, no último dia 7. Segundo o Ministério, esse seria um novo vestígio.
órgão também questionou os procedimentos empregados na perícia da Polícia Civil no carro da família, como a existência de mais buracos de perfuração do que apontado, além do fato de apenas um perito assinar o laudo, quando geralmente são dois profissionais que realizam a tarefa. O MPF também citou que pertences das vítimas dentro do veículo ainda não teriam sido perciados.
Nesta sexta-feira (22), o pai de Heloisa, Willian Silva, se reuniu com membros da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa e representantes da Ordem dos Advogados do Brasil e da PRF .
Muito abalada, a mãe da garota, Alana dos Santos, não teve condições de comparecer à reunião. Willian agradeceu o apoio e voltou a pedir a responsabilização dos envolvidos no caso.
De acordo com a presidente da Comissão da Alerj, a deputada estadual Dani Monteiro, a Polícia Rodoviária Federal se comprometeu a discutir a importância dos direitos humanos internamente.
Os três policiais envolvidos seguem afastados das funções. Na segunda-feira (18), a Justiça negou a prisão deles.