Pai da menina que morreu engasgada em Petrópolis vai processar prefeitura

Polícia conclui que houve negligência por parte da creche na região serrana

Agatha Meirelles

Maria Thereza Ribeiro, de 1 ano, morreu engasgada, em creche Reprodução/ Redes Sociais
Maria Thereza Ribeiro, de 1 ano, morreu engasgada, em creche
Reprodução/ Redes Sociais

O pai da pequena Maria Thereza Ribeiro, de 1 ano, Carlos Eduardo Ribeiro, vai processar a Prefeitura de Petrópolis após a morte da filha. Ela estudava em um centro de educação infantil da cidade da Região Serrana e morreu engasgada com um pedaço de maçã, no final de maio deste ano. A Polícia Civil concluiu que houve negligência. Duas professoras e uma diretora da unidade de ensino foram indiciadas por homicídio culposo, quando não há intenção de matar.

O laudo do Instituto Médico Legal apontou que a causa da morte da criança foi asfixia por broncoaspiração. Nos depoimentos, de acordo com a Polícia Civil, funcionários da creche informaram que deram um quarto de maçã para a criança e que o alimento foi servido  totalmente fora dos padrões, o que contribuiu para o engasgo de Maria Thereza. Além disso, após perceber que a criança estava passando mal, várias pessoas tentaram fazer o socorro e realizar manobras para retirada do alimento. O desespero e despreparo é retratado no pedido de socorro ao Samu por parte de uma das funcionárias da creche. 

Em determinado momento, a mãe de outra aluna percebeu a gravidade da situação, reforça a necessidade de atendimento médico e a menina é levada para uma unidade de saúde. Maria Thereza morreu dois dias depois. De acordo com o delegado João Valentim, responsável pelo caso, as investigações revelaram que as funcionárias da escola não foram preparadas para prestar assistência e cuidado.

Imagens de câmeras de segurança da unidade de saúde mostram o momento em que uma das funcionárias da creche entrou na UPA com Maria Thereza desmaiada no colo. Já sem batimentos cardíacos, a bebê teve que ser ressuscitada e logo precisou ser transferida para um hospital, onde morreu dois dias depois.  

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