O prefeito do Rio Eduardo Paes publicou, em edição extra do Diário Oficial do Município, o decreto, que desobriga o uso de máscara em espaços fechados na cidade.
Em reunião nesta segunda-feira (7), os 16 membros do Comitê Especial de Enfrentamento à Covid-19 da cidade do Rio decidiram por fim à obrigatoriedade do uso de máscaras em espaços fechados. Desde outubro do ano passado, o equipamento de proteção não era mais exigido em ambientes abertos.
Segundo o secretário municipal de Saúde, a queda dos indicadores da Covid-19 dá segurança para a tomada de decisão.
De acordo com a pasta, a taxa de transmissão da doença na capital fluminense está em 0,3%, a menor desde o início da pandemia. Além disso, a cada 100 testes realizados, menos de 5% são positivos. Ainda segundo a Secretaria, cerca de 0,8% das pessoas internadas na rede SUS na cidade são casos de Covid-19.
A liberação vale para todos os locais fechados, incluindo escolas, transporte público e locais privados. No caso das empresas, a recomendação do Município é que a máscara não seja exigida, mas, segundo a Secretaria, cada local poderá tomar as próprias decisões.
Apesar do fim da obrigatoriedade, nas escolas, a orientação é que as crianças não vacinadas continuem usando máscaras. O pediatra, sanitarista e membro do Comitê, Daniel Becker, explica que decisão vai caber as escolas.
O uso de máscara também é recomendado para pessoas com imunossupressão, com comorbidades de alto risco, pessoas não vacinadas e com sintomas de síndrome gripal.
Durante a reunião, o Comitê Científico também decidiu manter a cobrança do passaporte de vacinação. O prefeito Eduardo Paes acredita que, quando 70% da população estiver vacinada com a dose de reforço, o passaporte de vacinação também deixe de ser obrigatório.
Na quinta-feira passada (3), o Governo do Estado publicou um decreto que permite que os municípios decidam se flexibilizam o uso de máscaras em locais fechados.
A respeito da cobertura vacinal, 54% das pessoas com mais de 18 anos já receberam a dose de reforço. Já entre as crianças, 63% estão com a primeira dose. Desde o início da busca ativa nas escolas e com o apoio de agentes comunitários de Saúde, 63 mil crianças foram vacinadas.