Paciente que recebeu transplante de fígado com HIV morreu dois dias depois

A BandNews FM denunciou com exclusividade que seis pessoas foram infectadas após passarem por transplantes de órgãos no RJ

Por Gabriela Marino

Mais de 280 doadores estão sendo testados pelo Hemorio
Ahmad Ardity/Pixabay

As autoridades de saúde investigam se a morte do paciente que recebeu um fígado de um doador com HIV foi causada pelo vírus. O receptor estava em estado grave e foi transplantado em janeiro deste ano. Dois dias depois da cirurgia, ele morreu.  

Mais de 280 doadores estão sendo testados pelo Hemorio para saber se há mais casos registrados. Entre os transplantes feitos pelos doadores infectados estão os de rins, fígado e coração. 

Durante a fiscalização da Anvisa no PCS LAB foram encontradas diversas irregularidades. Entre elas, a falta de kits para exames. 

A rede mantinha contratos com a Secretaria Estadual de Saúde desde 2021 e passou a fazer os exames no fim do ano passado. A Prefeitura de Nova Iguaçu e a Unimed Nova Iguaçu também contrataram os serviços do PCS. 

Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde disse que o contrato com a empresa foi encerrado em fevereiro deste ano, passando a ser administrado pelos responsáveis pela rede de atenção básica do município. Já o contrato entre o PCS e a Organização de Saúde foi encerrado nesta quinta-feira (11), assim que receberam a notificação sobre a interdição cautelar feita pela Anvisa. 

A reportagem aguarda um posicionamento do PCS LAB. 

Em nota, o laboratório PCS informou que abriu sindicância interna para apurar as responsabilidades e que informou à Central Estadual de Transplantes os resultados de todos os exames de HIV realizados em amostras de sangue de doadores de órgãos entre 1º de dezembro de 2023 e 12 de setembro de 2024, período em que prestou serviços à Fundação Saúde.

De acordo com a empresa, nos procedimentos foram utilizados os kits de diagnósticos recomendados pelo Ministério da Saúde e pela Anvisa.

O PCS afirmou ainda que vai dar suporte médico e psicológico aos pacientes infectados com HIV e familiares e que está a disposição das autoridades que investigam o caso.

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