Pode levar até um mês para ficar pronto o exame de confronto de perfil genético da ossada encontrada no Morro da Oficina, em Petrópolis, na Região Serrana. A suspeita é a de que seja de um dos desaparecidos da tragédia no município em 2022.
Nesta quinta-feira (7), operários que trabalhavam em uma obra de contenção e drenagem na chamada área 3 do Morro encontraram o material, que foi encaminhado para o Instituto de Pesquisa e Perícias Genéticas e Forenses da Polícia Civil, para confirmação da identificação.
Duas pessoas seguem desaparecidas desde a tragédia. Heitor Carlos dos Santos, de 61 anos, estava em um ônibus que foi arrastado pelo Rio Quitandinha durante a chuva. Já Lucas Rufino, de 21 anos, vivia no Morro da Oficina. A mãe e a irmã dele morreram em um deslizamento na região.
Até a conclusão das investigações, o local em que a ossada foi encontrada vai permanecer isolada, e as obras, temporariamente suspensas.
SOBRE A TRAGÉDIA DE 2022
A tragédia em Petrópolis, na região serrana do Rio de Janeiro, matou mais de 230 pessoas e deixou dois desaparecidos após grandes deslizamentos de terra por causa de fortes chuvas. As duas vítimas ainda não foram localizadas. As chuvas devastaram o primeiro distrito da cidade.
Regiões como o Centro Histórico e o grande Alto da Serra, que reúne os bairros da Chácara Flora, Vila Felipe, Morro da Oficina e Sargento Boening, foram as mais atingidas pela tempestade do dia 15 de fevereiro.