Orla Rio lança manifesto pela continuidade das obras na Praia da Barra

Elas tinham como objetivo evitar que futuras ressacas destruam o calçadão e estabelecimentos, como ocorreu em 2020

Por Mariana Albuquerque

Orla Rio lança manifesto pela continuidade das obras na Praia da Barra
Mariana Albuquerque

A Orla Rio, concessionária que administra os quiosques, lançou um manifesto a favor da continuidade das obras na Praia da Barra da Tijuca, Zona Oeste, que tiveram que ser paralisadas pela Prefeitura do Rio por determinação do Ministério Público Federal. Elas tinham como objetivo evitar que futuras ressacas destruam o calçadão e estabelecimentos, como ocorreu em 2020.  

Em nota, a concessionária disse que, no total, seis quiosques estão há dois anos e meio sem poder trabalhar, já que os reparos do calçadão ainda não foram finalizados. A Orla Rio teme que uma nova ressaca atinja a região e afete ainda mais a estrutura instável.  

A Prefeitura do Rio já apresentou ao MPF mais de 100 documentos com estudos que reforçam a legalidade, segurança e necessidade das obras, já que, na determinação, o Ministério Público Federal disse que a instalação das placas possibilitava danos ambientais, como erosão, e que a atividade só teve licença dois meses depois que teve início.

Consultor da Prefeitura e professor de Oceanografia da UERJ, o engenheiro David Zee explica que, com a intervenção do MPF e a entrega de novos documentos pela Prefeitura, a expectativa é que a obra seja retomada. Ele diz que há necessidade da ação para evitar novos estragos e descarta que as estruturas sejam um risco ao meio ambiente...

Por outro lado, o geógrafo marinho da UFF, Eduardo Bulhões, defende que a intervenção agride o ambiente e que outra iniciativa poderia ser tomada, como a recuperação da vegetação costeira ou recomposição do ecossistema.

Ele faz parte de um grupo de professores de diversas universidades do Rio, públicas e privadas, que, nesta segunda-feira (27), enviaram um novo parecer ao MPF enfatizando os problemas vistos por eles na obra paralisada.  

As máquinas que estavam na faixa de areia entre os Postos 7 e 8 já foram retiradas, assim como os colchões de concreto que foi motivo de discussão entre ambientalistas. Agora, só restam as dunas de areia e as estruturas metálicas para reconstrução da calçada da orla, que estão lá há cerca de quatro meses. Em março de 2022, este trecho estava sem conservação e exposto; agora, ele está coberto pela estrutura, que ainda continua bloqueando grande parte da passagem de frequentadores, que precisam dividir a passagem com ciclistas.

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