Operação Naftalina cumpre 27 mandatos de prisão em três estados

Segundo investigação, desde 2020 organização criminosa, chefiada por um miliciano do Rio, recebe cargas de álcool hidratado e nafta

João Boueri*

Policiais cumprem mandato em Vila Velha, ES
Divulgação/Policial Federal

Quinze pessoas foram presas durante a operação da Polícia Federal contra a quadrilha que movimentou cerca de R$ 38 milhões em atividades de adulteração de combustíveis no Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais. Um acusado segue foragido. 

Segundo a investigação, pelo menos desde 2020, a organização criminosa, que seria chefiada por um miliciano do estado do Rio já preso, recebe cargas de álcool hidratado e nafta solvente de forma irregular. 

O material era levado até um pátio clandestino na cidade de Vila Velha, no Espírito Santo, para ser misturado e adulterado para depois ser distribuído em pelo menos oito postos de combustível, a maioria no município de Cariacica.

O superintendente da Polícia Federal no Espírito Santo, delegado Eugênio Ricas, afirmou que a organização criminosa se especializou em adulterar e falsificar combustíveis. 

A projeção é de que os criminosos chegaram a ter um lucro de mais de R$ 6 milhões com as atividades. 

A Operação Naftalina teve início após abordagens a veículos tanque realizadas pela PRF. Foram identificadas irregularidades e indicativos de empresas fantasmas e de emissão de notas fiscais falsas.

Durante a ação, os agentes cumpriram 27 mandados de busca e apreensão. oito medidas cautelares de suspensão de atividade econômica foram cumpridas.

Dois homens foram presos na capital fluminense e em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.

*Estagiário sob supervisão de Luanna Bernardes

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