Operação mira envolvidos em milícia de Tandera que operava 'coalizão' política

O grupo tinha tinha o objetivo de se aliar, não somente a integrantes dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, mas também a membros do Ministério Público do Rio

Por Priscila Xavier

Miliciano Danilo Dias Lima, conhecido como Tandera
Reprodução/Polícia Civil

Gravações obtidas pela Polícia Civil apontam que a milícia comandada por Danilo Dias Lima, o Tandera, tinha o objetivo de se aliar, não somente a integrantes dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, mas também a membros do Ministério Público do Rio. O criminoso, um dos mais procurados do país, considera o órgão o quarto poder. 

Segundo as investigações, os áudios foram gravados, em 2020, durante uma reunião entre o grupo criminoso e candidatos às prefeituras de municípios da Baixada Fluminense. Em troca do apoio político da milícia nas campanhas eleitorais, Tandera pediu aos candidatos benefícios em licitações fraudulentas.

Nesta quarta-feira (3), uma operação da Polícia Civil e do Ministério Público do Rio cumpriu seis dos 13 mandados de prisão. Durante a ação, os agentes apreenderam R$ 500 mil com políticos aliados ao grupo paramilitar.

De acordo com as investigações, a milícia de Tandera é responsável por crimes como homicídio, extorsão, ameaça e lavagem de dinheiro. Nos últimos anos, a associação criminosa passou a atuar de forma ainda mais complexa, buscando expandir seus negócios por meio da infiltração no poder público.

Nesta terça-feira (2), miliciano Leandro Siqueira de Assis, o Gargalhone, foi encontrado morto, dentro de um carro, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio. O criminoso atuava em conjunto com o ex-miliciano Philip Motta Pereira, conhecido como Lesk, e os dois eram apoiados pelo traficante Wilton Carlos Quintanilha, o Abelha.

Mais notícias

Utilizamos cookies essenciais e tecnologias semelhantes de acordo com a nossa Política de Privacidade e, ao continuar navegando, você concorda com estas condições.