Pelo menos nove presos na operação Fim de Mundo, da Polícia Federal, são da mesma família. Entre eles mãe, irmãos e cunhados levavam uma vida de luxo no Sul do país. Outra informação obtida pela PF é de que pelo menos duas pessoas detidas são beneficiárias do Auxílio Emergencial, da Caixa Econômica Federal. Entre elas está a esposa de um dos chefes da quadrilha. Até agora, a Polícia bloqueou R$ 22 milhões do grupo e denunciou outras 30 pessoas envolvidas no esquema.
A ação em conjunto com o Ministério Público do Rio prendeu 11 pessoas e apreendeu mais de 400 mil reais em espécie nas casas dos envolvidos. Os agentes também apreenderam lanchas e veículos esportivos. Além da capital fluminense, a ação aconteceu em São Paulo e Santa Catarina.
A quadrilha fazia lavagem de dinheiro para traficantes da facção Terceiro Comando Puro. Entre as áreas dominadas pelo TCP estão os complexos do São Carlos e Acari, a Vila Aliança, parte da Maré e os morros da Babilônia e do Chapéu Mangueira, no Leme.
A investigação mostrou a dinâmica da família que vivia em Balneário Camboriú, no Sul do país, e realizava as transações na capital Fluminense, como explica o delegado Bruno Humelino.
Os investigados vão responder pelos crimes de lavagem de dinheiro e de organização criminosa, cujas penas somadas podem chegar a 24 anos de prisão.
Procurada, a Caixa Econômica Federal informou que o responsável pela gestão do benefício é o Governo Federal.