Operação Dinastia prende 8 milicianos acusados de integrar Bonde do Zinho

Grupo é responsável por homicídos de rivais, além de extorsão de moradores

Marcus Sadok

Chefe da quadrilha ainda é procurado Divulgação/Disque Denúncia
Chefe da quadrilha ainda é procurado
Divulgação/Disque Denúncia

O Ministério Público interceptou conversas de integrantes da milícia do Zinho, citando um possível plano para sequestrar a filha do chefe do grupo, Luís Antônio da Silva Braga. O ex-vereador Jerominho seria o responsável pela ordem e, por isso, teria sido morto no início do mês.

Segundo a promotora Roberta Laplace, em outro diálogo, ainda se referindo ao ex-parlamentar e miliciano assassinado, os criminosos afirmam que "é preciso resolver esse problema".

O Ministério Público do Rio e a Polícia Federal prenderam oito pessoas acusadas de integrar a milícia de Zinho. Um dos chefes do grupo paramilitar, Geovane da Silva Motta, o GG, foi preso em um hotel quatro estrelas em Gramado, no Rio Grande do Sul.

Ainda segundo Roberta Laplace, armas, ouro e dinheiro em espécie foram apreendidos.

Ao todo, foram expedidos 23 mandados de prisão e 16 de busca na Operação Dinastia.

Segundo o Ministério Público, os milicianos do grupo de Zinho comandam o esquema de homicídios do grupo rival, sempre armados de fuzis. Há uma parte do bando que tem a função de perseguir e assassinar milicianos de outras quadrilhas, como o Bonde do Tandera.

A quadrilha também pratica extorsões de forma reiterada, cobrando pelo pagamento de "taxas" de comerciantes e prestadores de serviço que ousam empreender nas áreas que são por ele subjugadas, independentemente da capacidade financeira dos empreendedores. Até as informais barraquinhas de rua, que vendem lanches, são achacadas pelos criminosos.

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