Operação Contragolpe: defesa de Rodrigo Azevedo afirma que o militar foi vítima de armação

Em depoimento à Polícia Federal, Rodrigo Bezerra Azevedo, alegou não ter envolvimento com o crime

Por Clara Nery

Tenente-coronel Rodrigo Azevedo
Reprodução

A defesa do tenente-coronel Rodrigo Azevedo, preso na Operação Contragolpe, afirma que há evidências de que o militar foi vítima de uma armação para incriminá-lo e comprometer as Forças Especiais. 
 
Em depoimento à Polícia Federal, Rodrigo Bezerra Azevedo, um dos quatro militares das forças especiais do Exército alvos da ação realizada no último dia 19, alegou não ter envolvimento com o crime. 
 
Durante a coletiva de imprensa no Centro do Rio, o advogado Jeffrey Chiquini destacou que as ações atribuídas aos supostos envolvidos são marcadas por amadorismo, algo que ele considera incompatível com a qualificação e o profissionalismo das Forças Especiais. 

A Polícia Federal investiga uma suposta trama para impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva e do vice-presidente Geraldo Alckmin, além de planejar o assassinato do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes. 
 
A defesa do tenente-coronel afirmou que o celular, apontado como prova central pela investigação, foi plantado de forma proposital e entregue ao coronel no dia em que ele assumiu o comando do Centro de Coordenação de Operações Especiais. 
 
De acordo com as investigações, os suspeitos utilizavam codinomes em grupos de mensagens para ocultar suas identidades, sendo "Brasil" um dos identificados. 
 
Chiquini negou qualquer vínculo de Azevedo com o codinome "Brasil" ou com planos de golpe e disse que há registros de GPS que comprovam que o coronel estava em Goiânia enquanto o celular foi ativado em Brasília. 
 
Azevedo é o único dos cinco presos pela PF que não figura na lista dos 37 indiciados pela corporação pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa. 
 
Segundo Chiquini, a defesa agora busca reunir provas para entregar a Polícia Federal e solicitar o relaxamento da prisão. 
 
O coronel está preso há 10 dias em uma cela monitorada por câmeras que captam áudio, sem acesso a informações externas ou detalhes atualizados sobre o andamento das investigações. 

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