Operação Ártemis prende dois servidores da Receita Federal na Zona Oeste

Grupo de agentes públicos e empresários é acusado de crimes contra o comércio exterior, corrupção, tráfico de drogas e lavagem de dinheiro

Marcus Sadok

Apreensão foi feita nos bairros do Recreio e Campo Grande  Divulgação/Polícia Federal
Apreensão foi feita nos bairros do Recreio e Campo Grande
Divulgação/Polícia Federal

A Polícia Federal não descarta a participação de outros agentes públicos na organização criminosa acusada de tráfico internacional de drogas, contrabando, corrupção e lavagem de dinheiro. 

Nesta quarta-feira (17), dois servidores da Receita Federal foram presos em casa, na Zona Oeste do Rio. Com José Guina os investigadores apreenderam R$ 600 mil em dinheiro, em Campo Grande. Jorge de Jesus foi encontrado no Recreio.

Os policiais também apreenderam pelo menos quatro carros avaliados em mais de R$ 1 milhão, eletrônicos e documentos. Ao todo foram expedidos 31 mandados de busca e apreensão.

Segundo o Superintendente da Polícia Federal, Ivo Roberto Costa, os agentes da Receita facilitavam a entrada e retirada no Porto de Itaguaí de mercadorias ilegais.

Além de endereços ligados aos investigados e do Porto de Itaguaí, os agentes fizeram buscas em Minas Gerais, Espírito Santo e Alagoas. 

A Justiça determinou o bloqueio de R$ 31 milhões dos acusados. Mais de 150 policiais participam da ação, que é um desdobramento da apreensão feita pelas polícias Federal e Civil, em setembro do ano passado, de 700 kg de cocaína escondidos em mangas, em um galpão do Porto de Itaguaí.

Três pessoas acabaram presas, na ocasião, mas a operação foi considerada ilegal pelo Tribunal Regional Federal da 2ª Região pois os agentes não tinham mandados judiciais para entrar no local.

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